O escritor, natural do Tortosendo, apresentou o seu mais recente trabalho
Estrela da Serra
Gabriel Raimundo apresenta livro

No passado dia 9 de Dezembro, no Salão Nobre do Oriental de São Martinho, Gabriel Raimundo lançou mais uma obra. Em “Estrela”, o autor covilhanense viaja ao interior do País com epicentro na Serra da Estrela.


Por Helena Mafra


Foi no retrato da vida intemporal das gentes beirãs que Gabriel Raimundo se debruçou para a sua mais recente obra. A “Beira Cava” é, pois, o cenário de “Estrela”.
A terra que o viu nascer, Tortosendo, mais propriamente o bairro do Casal da Serra, foi miradouro de todo o vale da “Estrela da Serra”. Sentiu o pulsar da Covilhã num passado marcado pela cantada dos teares e no tempo presente pelo dinamismo da Universidade, e aí foi arrancar o que contou na pessoa de Dinis Serra das Neves. No passear das páginas deste livro jogam a sua memória, o real e a experiência.
“Estrela” foi lançado na semana passada, numa apresentação íntima que contou com a presença de alguns amigos de longa data. Entre eles, Casimiro Santos escreveu o posfácio da obra que considerou ter “uma profunda ligação com a vida”. Ao professor Sérgio Saraiva coube a mensagem do prefácio. “Um livro bastante interessante”, disse, “com uma linguagem terra-a-terra, que se compreende perfeitamente”. O escritor covilhanense recebeu, ainda, o apoio da Câmara Municipal da Covilhã que, aliás, patrocinou (conjuntamente com a Câmara Municipal de Almada) a publicação do livro. O município fez-se representar pelo vereador João Esgalhado que reconheceu ser “útil e agradável que se registasse em texto alguma coisa sobre a Covilhã, que ficasse para a posterioridade”.
O fadista Manuel Correia, mais conhecido por Manecas, prestou a sua homenagem à obra do conterrâneo. José Manuel Brito, na guitarra portuguesa, e Marco Abrantes, na viola, acompanharam os fados “Quem me dera ser criança” e “O bairro onde eu nasci”. Lamentou, o amigo fiel, Manecas, os lugares vazios naquele acontecimento, “mas ficou quem quis estar e isso foi o mais importante”, disse, por fim.
O protagonista do evento agradeceu. Foi claro, simples e breve. Escreveu sobre este pedacinho da Beira Interior “porque este foi o berço” que o acolheu e ninguém esquece onde nasceu, mas principalmente “porque no carácter dos serranos existem qualidades únicas”.
No Salão Nobre do Oriental, S. Martinho, homenageou-se a realidade dos beirões covilhanenses, disposta no livro de quem considerou que “a realidade é tão rica que não é preciso fantasiar com muito”.
Porque a Universidade constituiu um elemento de progresso para a terra, e disso Gabriel Raimundo não se esqueceu, no próximo dia 14 de Dezembro, pelas 18.30, o auditório da Biblioteca Central vai ser palco de nova apresentação do livro “Estrela”. Para além disso, vão estar em exposição pinturas de Emídio Geraldes, autor da capa. Uma iniciativa do Sexto Empírico, núcleo de estudantes de Filosofia.