As estimativas apontam para que a SIDA mate três pessoas por ano, na Beira Interior
Na Beira Interior
SIDA mata três pessoas por ano

Nos últimos 22 anos, morreram de SIDA nos distritos de Guarda e Castelo Branco 67 pessoas. Ou seja, pouco mais de três por ano. Porém, estes números apenas dizem respeito a casos declarados, ou seja, muitos outros podem acontecer sem serem sabidos.


NC / Urbi et Orbi


Pouco mais de três pessoas morrem, em média, todos os anos, na Beira Interior, infectadas com o VIH/SIDA. É este o diagnóstico revelado por um estudo realizado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis, do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, que mostra a situação desta mortal doença em Portugal a 30 de Junho deste ano.
O estudo, elaborado em colaboração com a Comissão Nacional de Luta contra a SIDA, dá conta das notificações recebidas pelo Centro de Vigilância nos últimos 22 anos (entre 1 de Janeiro de 1983 e Junho de 2005), tendo sido apurados, a nível nacional, mil 174 casos de infecção pelo vírus de imunodeficiência humana só este ano, entre Janeiro e Junho.
No distrito de Castelo Branco, nesse período de tempo, houve notificação de 69 casos, de que resultaram 41 mortes. Já na Guarda, 45 casos notificados, de que resultaram 26 mortes. Tudo somado, pouco mais de três mortes por ano na Beira Interior. Porém, este número pode esconder outra realidade, já que aqui só se dá conta da casos notificados quando se sabe que muitos outros ficam escondidos.
Em Portugal, nos últimos 22 anos, foram notificados 11 mil 896 casos, de que resultaram seis mil 157 mortes. Lisboa é, sem dúvida, o distrito mais problemático, com cinco mil 115 casos declarados e duas mil 729 mortes, seguido do Porto, com dois mil 716 casos e mil 435 mortes. Setúbal fecha o pódio dos que piores estão. Depois surgem Faro, Leiria, Aveiro, Braga, Santarém, Coimbra, Viseu, Madeira, Açores, Viana do Castelo, Évora e em 15º lugar Castelo Branco. A Guarda surge logo a seguir.
Este ano, foram notificados 455 casos. Destes, 321 foram diagnosticados no primeiro semestre, sendo 187 relativos a heterossexuais, 95 a toxicodependentes e 26 relativos a homo e bissexuais.