Exposição de pintura
Biblioteca Municipal da Covilhã
enche-se de cor


A primeira exposição de José Manuel Cunha Ferreira está a ter lugar na Biblioteca Municipal. A exposição caracteriza-se por apresentar um estilo mais abstracto através de quadros diferentes e muita cor.


Por Filipa Pereira

A mostra está patente ao público nas instalações da biblioteca

Está a decorrer na Biblioteca Municipal da Covilhã uma exposição de pintura, que teve inicio no passado dia quatro e termina na próxima quinta-feira dia 19. Esta é a primeira exposição de José Manuel Cunha Ferreira, um novo artista da zona da Covilhã.
No ambiente calmo da biblioteca, o pintor revelou que não tinha grandes expectativas em relação a esta primeira exposição, mas com o decorrer da exposição o público tem mostrado um grande interesse pelos seus quadros e pelo seu estilo.
José Manuel Cunha Ferreira começou a pintar desde pequenino, primeiro iniciou-se no desenho em papel com lápis e canetas e só mais tarde passou pela pintura em tela, no entanto confessa que o que realmente gosta é de “desenhar em papel, de criar histórias”.
Este novo artista tirou cursos em diversas artes, começou por trabalhos manuais em pele, pelo que não se agarrou desde logo à pintura. Também teve formação com o escultor Moreira Mendes, de quem tem recebido bastante apoio. Contudo, o pintor afirma “tudo aquilo que aprendi foi por mim mesmo”.
Os seus quadros são inspirados, principalmente, em banda desenhada, o pintor utiliza meios pouco convencionais para a realização dos seus quadros, tais como garfos, facas, arames e escovas de dentes. José Ferreira inspira-se também no urbanismo e nos problemas da nossa sociedade. Os seus quadros possuem bastante cor uma vez que “a nossa vida já é tão escura que temos de lhe dar um pouco mais de cor”. Há ainda mais uma preocupação por parte deste artista, a de não imitar nenhum outro pintor, “tento ter o meu próprio estilo”, afirma.
O autor desta exposição gosta de transmitir o que sente na altura em que está a pintar e são esses os sentimentos que tenta passar para a tela. “Tento exprimir coisas desagradáveis com cores agradáveis”, como a rotina do dia-a-dia, as armas e o passar do tempo. Para além destes quadros mais abstractos, José Ferreira pinta também a figura humana, edifícios e animais, no entanto tenta dar sempre o seu toque pessoal, através de figuras geométricas por exemplo.
O pintor encontra-se bastante satisfeito com a aceitação do público, o que se reflecte a partir da afluência à exposição, “têm vindo muitas pessoas, de manhã vêm mais jovens que frequentam a biblioteca, à tarde vêm mais pessoas de outras idades”. Depois desta primeira exposição, José Manuel Cunha Ferreira tem maiores expectativas para a próxima exposição, pois “de um modo geral o que o público me transmite é que gosta dos meus quadros e isso é bom”.
Contudo, o artista confessa que “não era assim que eu idealizava a minha primeira exposição” e por isso promete mais surpresas para a próxima exposição.