O futuro da ComurBeiras fica decidido a 1 de Abril em Belmonte
ComurBeiras
Junta toma posse a 1 de Abril

As eleições para a Assembleia da Comunidade Urbana das Beiras (ComurBeiras) vão decorrer em Belmonte no dia 1 de Abril, altura em que também tomará posse a Junta deste organismo que nunca chegou a ser empossada, liderada pelo presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto.


NC / Urbi et Orbi


A data para o encontro que vai decidir o futuro deste organismo foi agendada na última reunião entre nove dos 12 municípios que integram a ComurBeiras, na passada semana na Covilhã. No encontro ficou ainda decidido que cada uma das autarquias vai entregar à Junta, até Maio, um conjunto de propostas que pretendem ver concretizadas, que darão origem ao que será o programa da Comunidade Urbana.
A intenção é utilizar o documento para negociar, a partir de Maio, com o Governo investimentos para a região, no âmbito do próximo Quadro Comunitário de Apoio, em vigor a partir de 2007. A Universidade da Beira Interior e o Instituto Politécnico da Guarda vão dar também o seu contributo, dando igualmente sugestões para eventuais projectos.
O Governo ainda não se manifestou quanto ao que pretende fazer com a recente reforma administrativa do País, mas Carlos Pinto frisa que a lei existe e é para ser cumprida. E acrescenta que os pressupostos e os objectivos que deram origem à ComurBeiras continuam a fazer sentido.
O autarca e presidente da Câmara da Covilhã, questionado, desvalorizou ainda a proposta aprovada na Assembleia Municipal de Celorico da Beira, onde se defende a extinção da ComUrb, cujos eleitos nunca chegaram a tomar posse. “Nunca funcionou, servindo apenas para meia dúzia de presidentes de câmara se encontrarem em verdadeiros encontros de amigos, gastando tempo e dinheiro ao erário público”, lê-se no documento, da autoria do deputado socialista Albino Bárbara.
“A estrutura das comunidades urbanas é adequada e ágil, porque envolve os presidentes das câmaras e tem um perfil mais executivo, pelo que este modelo continua a ser a melhor opção rumo à descentralização”, responde Carlos Pinto.
A autarquia de Celorico da Beiram, à semelhança da de Meda e Trancoso, não se fizeram representar no encontro. Apesar das críticas provenientes de Celorico, Pinto salienta que o município não fez chegar à ComurBeiras qualquer pretensão de sair desta estrutura, pelo que conta também com a autarquia celoricense para participar na elaboração do dossiê, que será a base de trabalho no futuro.
Belmonte, Penamacor, Covilhã, Manteigas, Guarda, Almeida, Sabugal, Pinhel, Figueira de Castelo Rodrigo, Meda, Celorico da Beira e Trancoso são os municípios que integram a ComurBeiras.