IV Taça de Portugal
Sokotan na “cidade neve”

Pela primeira vez a Covilhã recebeu uma Taça Nacional de Karaté Portugal Sotokan (KPS). O pavilhão desportivo da UBI serviu de palco a uma competição que envolveu cerca de 200 atletas.


Por Eduardo Alves

O pavilhão da UBI recebeu o evento

José Ilharco foi o responsável pela organização da IV Taça de Portugal HPS. Este mestre de Sokotan na Covilhã trouxe até à cidade serrana, pela primeira vez, um evento desta envergadura. No passado sábado, 25, Ilharco mostrava-se bastante satisfeito com o feito conseguido.
No pavilhão da UBI estiveram em competição mais de 180 atletas da modalidade. O Sokotan, “que na cidade está em crescendo”, é a primeira variante do tradicional Karaté. As artes marciais de origem asiática “servem para preparar o corpo, em termos físicos, mas também a mente e o relacionamento com os outros”, explica este responsável por uma escola de formação. Ilharco tem na Covilhã cerca de 50 atletas desta modalidade e espera que o número “cresça ainda mais”. Esta prática desportiva “não é dispendiosa e apresenta muitas vantagens”, garante.
No torneio, onde estava em disputa a taça nacional, estiveram participantes “de todo o território nacional”. Uma iniciativa que se orçou em mais de 7 mil euros e que contou com o apoio “da Universidade, das câmaras municipais da Covilhã e de Belmonte, juntas de freguesia de várias localidades do concelho e outros organismos”, adianta o promotor da ideia. Ainda assim, este responsável mostrou o seu desagrado “pela forma como fomos tratados pela Junta de Freguesia da Conceição, onde estamos inseridos”. Ilharco refere que o pedido de apoio “nem sequer mereceu resposta por parte deste organismo”.
A falta de apoios é mesmo um dos principais adversários destes atletas. Como exemplo, o responsável por alguns atletas covilhanenses na modalidade explica que “as actividades neste campo são pouco divulgadas e ainda menos apoiadas em termos financeiros e logísticos”. A título de exemplo Ilharco compara a situação vivida em Portugal com a da vizinha Espanha. Enquanto que os atletas portugueses “tem de pagar todas as suas deslocações, os espanhóis são subsidiados por inteiro”. A formação de atletas e árbitros, “como tem sido o nosso caso” é suportada inteiramente pelos participantes ou pelas suas associações. A vontade de participar e o gosto pela modalidade “vão sendo apoios suficientes” para que continuem, refere este desportista.

Classificações finais