A reunião foi marcada pelos apoios dados aos centros de noite
Sessão de câmara
Mais centros de noite no concelho

O executivo camarário covilhanense acaba de anular o concurso que previa a construção de mais 50 fogos de habitação social no bairro da Biquinha. Segundo o autarca social-democrata, a falta de verbas está na origem desta medida.


Por Eduardo Alves


Estão definidos mais dois apoios para a construção de centros de noite no concelho da Covilhã. Vales do Rio e Peraboa são as freguesias contempladas com a “ajuda possível” da autarquia, num momento quem que “o governo não dá apoio para nada”, sublinha Carlos Pinto, presidente do município.
O social-democrata teve, na sexta-feira passada, dia 3 de Março, uma data dedicada à ajuda das instituições privadas de carácter social. Para além da atribuição de verbas para os dois lares em construção no concelho, Pinto ofereceu também 30 mil euros ao Lar de São José para a aquisição de um veículo de transporte de pessoas com dificuldades motoras. Acções que o social-democrata diz bastarem para “mostrar a verdadeira rede social que temos no concelho”. Uma resposta directa às críticas da oposição socialista que nesse mesmo dia acabou por referir o facto da autarquia “estar cada vez mais endividada”. Os vereadores socialistas aproveitaram o tema dos centros sociais de apoio para mostrar a falta de “uma rede social de apoio”. Por seu lado, o autarca acabou por referir que “a rede social é aquela que a câmara tem vindo a apoiar sempre e que integra as iniciativas e as ajudas dos privados”. Pinto foi mais longe e sublinhou as parcerias “constantes” que o município tem feito com todas as instituições de carácter social. O autarca covilhanense refere ainda que só não vê esta ajuda “quem não quer”. Uma vez que “estamos perante a pior oposição na câmara, no últimos 15 anos”. Segundo o social-democrata, os vereadores socialistas “andam de mal consigo próprios e criticam tudo por criticar”.
Outro dos temas em destaque na reunião de carácter privado foi a anulação do concurso de construção de 50 habitações sociais no bairro da Biquinha. Uma medida que segundo Carlos Pinto se fica a dever “à continuada falta de fundos por parte do Governo”. O social-democrata lembra que “esta obra contava com apoios do Instituto Nacional de Habitação (INH), o governo alterou a lei que prevê este tipo de ajudas e a câmara viu-se privada desses fundos”. Uma obra orçada em 500 mil euros que Pinto promete vir a retomar “assim que exista dinheiro”.
A oposição tem uma leitura diferente e diz mesmo que “quem não tem dinheiro não tem vícios”. O vereador socialista Miguel Nascimento lembra que “a política do PSD não está errada do ponto de vista eleitoralista, mas sim do ponto de vista estratégico”. Segundo o mesmo “planificação estratégica é aquilo que faz falta nesta câmara”. Nascimento acrescenta mesmo que o mau momento económico que o País atravessa “não serve de justificação para anular tudo o que é concurso”. O vereador socialista diz que a câmara está agora a revelar “as políticas eleitoralistas da maioria PSD”.