Os vereadores do PS voltam a apontar o dedo à falta de tempo para analisar a documentação
Sessão de Câmara
Contas de gerência aprovadas

Estão aprovadas as contas de gerência da Câmara da Covilhã. O documento que foi votado na sessão da passada sexta-feira, 7 de Abril, vai agora à Assembleia Municipal.


Por Eduardo Alves


Cerca de 700 páginas fazem o resumo das contas que norteiam a autarquia covilhanense. Um processo que diz respeito ao ano transacto, mereceu os votos favoráveis da maioria social-democrata e os votos contra dos dois vereadores socialistas, na oposição.
Carlos Pinto, o autarca covilhanense refere que está assim dada luz verde a um documento “que faz o balanço da actividade periódica da câmara” e espera agora o mesmo resultado quando estas mesmas contas forem apresentadas na Assembleia Municipal.
Quem não parece estar de acordo com esta leitura são os dois vereadores socialistas na oposição. Das razões “cruciais” para o sentido de voto negativo a estas contas de gerência, Miguel Nascimento explica que, “mais uma vez”, os eleitos socialistas tiveram menos de 48 horas “apara analisar cerca de 700 páginas”. O caso tem vindo a tornar-se habitual, segundo o mesmo vereador, que acusa os eleitos sociais-democratas de “não facultarem atempadamente a documentação necessária”. Nascimento refere que este tipo de assunto, “de extrema importância para a vida do concelho”, acaba por ser discutido sem que os socialistas “tenham o devido conhecimento sobre os mesmos”.
Durante os trabalhos da manhã da passada sexta-feira, o executivo camarário votou contra a posição da Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), que pretende encerrar, no próximo ano lectivo, as escolas primárias do Terlamonte e da Atalaia. Os sociais-democratas votaram contra esta medida, ao contrário dos dois eleitos socialistas, que votaram a favor do encerramento dos estabelecimentos escolares.
Esta decisão camarária em nada vem alterar a posição da DREC. Ainda assim, o presidente da autarquia covilhanense refere que “podem fechar as escolas contra a vontade da câmara, mas depois vamos ver quem resolve a questão das refeições, dos transportes escolares e outros assuntos”. O socialista Serra dos Reis tem leitura distinta e clarifica que os eleitos socialistas estão a favor do encerramento dos estabelecimentos escolares “uma vez que é mais producente, a nível pessoal e escolar, para todos os envolvidos, que se acabem com as escolas com duas ou três crianças”.