Rota dos Lagares
Loca hasteia primeira bandeira

A bandeira azul, símbolo de qualidade, foi atribuída pela Confraria do Azeite da Cova da Beira. O Lagar Olivícola do Cruzamento de Alcaria (Loca) foi o primeiro a hastear a bandeira azul da Rota dos Lagares na passada semana.


NC / Urbi et Orbi

Promover a cultura e o consumo do azeite são alguns dos objectivos deste grupo

Símbolo de qualidade atribuído a quatro lagares no final de Novembro, pela Confraria do Azeite da Cova da Beira, a bandeira azul foi hasteada em mais uma estrutura.
Tal como acontece há já alguns anos com as praias, a bandeira azul reconhece a qualidade e é entregue mediante o cumprimento de alguns requisitos, como é o caso da segurança, higiene, cumprimento de normas ambientais ou a integração paisagística do espaço.
Para Pedro Fians, responsável pela atribuição das bandeiras, “a Loca tem agora mais responsabilidades” e tem de cumprir os requisitos impostos, o que significa manter ou melhorar a qualidade geral, para daqui a dois anos poder renovar a posse da insígnia.
A intenção é também promover a olivicultura do ponto de vista agro-ambiental e agro-turístico, fazendo um circuito turístico e pedagógico dedicado ao azeite. Nomeadamente com a colocação de sinalética na região. Mas para já a concretização, no terreno, da Rota dos Lagares, vai ter de esperar. “Estamos no fim do Quadro Comunitário de Apoio, não há verbas”.
Já no campo virtual o trajecto vai ser uma realidade nos próximos dias, na página oficial. Está também prevista a elaboração de um manual escrito que sirva de orientação na Rota dos Lagares, onde constarão aspectos como os monumentos da região, as características dos lagares e a gastronomia.
Além da Loca a bandeira azul foi também atribuída à Cooperativa Agrícola dos Olivicultores do Fundão, à Penazeites, de Penamacor, e ao Lagar Tapada da Tojeira, de Vila Velha de Ródão. Pedro Fians diz que o objectivo, a curto prazo, é alargar a Rota a mais quatro e dividi-la em Norte e Sul. O lagar museu de Belmonte, a Probeira, a Cadomate, de Malpica, e a Rodolivre, Cooperativa Agrícola de Vila Velha de Ródão, são as entidades que podem vir a integrar o projecto.

Divulgar o azeite em Toronto é uma possibilidade

Depois da deslocação a Bruxelas, com o objectivo de dar mais visibilidade à Confraria do Azeite, Francisco Almeida Lino, o chanceler, adianta que existe a “possibilidade real” de uma delegação se deslocar em Junho a Toronto, Canadá, junto da comunidade portuguesa, para divulgar produtos nacionais, nomeadamente o azeite.
Outro destino que não foi esquecido foi São Paulo, Brasil, que Almeida Lino considera ser um caso “mais complexo”. “Temos o objectivo de criar uma confraria em São Paulo , com gente lusa. Há negociações e estamos a ver se arranjamos financiamento”, sublinha o chanceler.
Agendado está já o próximo capítulo da Confraria, com novas entronizações, a 9 de Junho. Para já Almeida Lino não confirma nomes mas fala-se na possibilidade do actor Rui de Carvalho vir a tornar-se confrade nessa ocasião.