Por Diana Bento



O Teatro-Cine foi palco deste concerto

Num fim-de-semana repleto de comemorações e de atenções viradas para a Covilhã, desde Festival Aéreo, concertos, teatro e música, 20º aniversário da Universidade da Beira Interior e inauguração do novo pólo de Medicina, na noite da passada sexta-feira, 29, o Teatro Cine da Covilhã abriu as portas para o Concerto de Primavera, cujos participantes variaram entre a Orquestra de Percussão da EPABI, o Coro do Orfeão da Covilhã, bem como o Coro da UBI, o Belo Coro (Urbanização Belozêzere), o Coro Infantil e ainda os pianistas Nuno Santos Dias e Tiago Rodrigues.
A Universidade da Beira Interior comemorou 20 anos de vida, precisamente a 30 de Abril, e estes concertos, em conjunto com a Câmara Municipal da Covilhã, estiveram integrados nas comemorações do 20º aniversário desta mesma instituição.
O espectáculo foi dividido em três partes, a primeira com o Grupo de Percussão da EPABI, a segunda com os diversos Coros, e a última, como que a apoteose, juntando todos os elementos de todos os grupos participantes, e ainda os pianistas e o Coro Infantil, alunos do Conservatório Regional de Música da Covilhã.
A plateia, mas também o balcão do Teatro Cine, estavam quase cheios, com cerca de 450 pessoas, desde os mais pequeninos aos possíveis seus avós, entre algumas pessoas mais conhecidas, como o Manuel José dos Santos Silva, Reitor da UBI, que a par dos outros eventos, também não faltou a este Concerto primaveril.
Todas as três partes tiveram o seu encanto, mas o Grupo de Percussão foi aquele que mais animou miúdos e graúdos, fazendo até um pouco de teatro com os instrumentos, assim como uma pequena demonstração como se pode fazer música com praticamente tudo o que quisermos, no caso, com uma chávena e uma colher, com uma garrafa e uma palhinha, com as mãos, uma cadeira, entre outros. Dirigidos pela Maestrina Isabel Silva, este grupo de jovens não só tocou com grande qualidade como interagiu de uma forma muito agradável e divertida com todo o público.
Todo o espectáculo primou pela qualidade e pela simpatia que provocou em todas as caras, já que as opiniões foram unânimes, e como revelou Manuel Anastácio, membro do Coro do Orfeão da Covilhã há quatro anos: “Sou músico, tenor e contralto, gosto muito de cantar, é uma harmonia muito bonita e agradável.” Também de parabéns estava este Coro que, no presente ano, comemora o seu 80º aniversário e que tem como lema das comemorações “80 anos ao serviço da Cultura”.
Com o palco repleto, foi, de facto, a última parte que levou todo o público a um entusiasmo muito grande. Com as novas participações dos dois pianistas e dos mais novos, juntos aos restantes, e todos dirigidos pelo Maestro Luís Filipe Pachucka (Coro do Orfeão da Covilhã), o espectáculo atingiu o seu momento auge e o concerto “cheirou” a Primavera e, de acordo com as palavras de Santos Silva, Reitor da Universidade, “foi um final merecedor de aplausos de toda uma sociedade e não só dos presentes”, e “é de louvar, sem desmérito para os outros maestros, o trabalho de integração deste maestro da última parte, muito bom.”
“Foi uma óptima demonstração de integração de várias gerações, uma demonstração de vida para a sociedade”, revelou ainda o Reitor. De certo que no fim deste concerto, todos, mais novos e mais velhos, retiveram algum som, alguma estrofe que ouviram, e que durante o caminho de volta foi cantarolado.