A nova faculdade vai acolher o CICS
Centro de investigação
Laboratório de excelência

A Faculdade de Ciências de Saúde vai acolher um Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS), uma estrutura que ainda funciona nas instalações provisórias e que a partir de Setembro vai receber 50 investigadores, já no novo edifício.


Por Eduardo Alves


Uma das estruturas que mereceu maior destaque na cerimónia de inauguração da nova Faculdade de Ciências da Saúde foi o CICS. Este centro é descrito por João Queiroz, presidente da faculdade, como “uma valência multidisciplinar que pretende ser mais uma ferramenta na universidade como centro de produção de saber”. Uma estrutura que conta com 30 laboratórios de investigação e nove salas de apoio, a que se juntam mais seis espaços para prática cirúrgica e 15 para biotério. Segundo os responsáveis, no próximo ano lectivo vão estar a desenvolver trabalhos neste espaço “cerca de 50 investigadores”, dos quais mais de metade já são doutorados.
João Queiroz explica que o espaço foi concebido, não só para a investigação, mas também “para fazer a ligação entre as várias áreas na saúde que mantêm uma relação muito estreita entre investigação básica, investigação clínica e investigação epidemiológica”.
O CICS vai avançar com diversas investigações relacionadas com a saúde num espaço “moderno e bem apetrechado”. A sua disposição e a concepção dos laboratórios colocam este centro “nos mais altos patamares europeus”, destaca Queiroz. No entender deste responsável “se nos conseguirmos tornar cada vez mais fortes e fazer uma maior investigação com a clínica que nos rodeia vamos ser cada vez mais vistos no meio científico em causa”.
Para além destas características, o presidente da FCS destaca a importância deste centro no contexto nacional. João Queiroz lembra que “em Portugal a investigação clínica apresenta um grave défice”. Na óptica deste docente da FCS, a formação dos futuros médicos, em Portugal, é baseada em padrões tradicionais. “Nós estamos a dar um salto importante, com uma pedagogia, informação e investigação diferentes”, remata.