Mais meios humanos e materiais vão estar disponíveis no distrito
No distrito aumenta
Dispositivo de combate a incêndios

O número de bombeiros voluntários disponíveis para a próxima época de incêndios "cresceu em quase todos os distritos", anunciou na passada semana, o ministro da Administração Interna, António Costa, em Castelo Branco.


NC/Urbi et Orbi


O ministro falava no final da sessão de apresentação dos meios de combate a incêndios florestais no distrito para este ano. Em relação a 2005, há uma diminuição de recursos em Maio e Junho (Fase Bravo) e um reforço de Julho a Setembro (Fase Charlie). Primeiro período, o distrito de Castelo Branco vai ter estacionados três meios aéreos – um helicóptero e dois aviões –, o que representa menos um helicóptero que no último ano. Também nesta fase, o dispositivo terrestre é reduzido em 7,9 por cento em relação ao último ano.
Na fase de Julho a Setembro, o distrito terá à disposição sete meios aéreos – três helicópteros e quatro aviões (mais um que no último ano) –, enquanto que o dispositivo terrestre cresce 16 por cento em relação a 2005. O que em números reais significa que, para esta fase em que se concentram a maioria dos incêndios, está prevista a mobilização de 310 bombeiros e 66 viaturas, a par de 115 sapadores florestais, com outros 23 veículos.

Guarda mantém números de 2005

Para o distrito da Guarda, cujo plano foi também apresentado na segunda-feira, na cidade, estão previstos os mesmos meios aéreos que em 2005, em ambas as fases. Três (um helicóptero e dois aviões anfíbios) na primeira fase e cinco (três helicópteros e dois aviões anfíbios) na segunda.
Enquanto que na primeira fase os meios terrestres diminuem 2,8 por cento em relação a 2005, crescem depois 11 por cento de Julho a Setembro, estando prevista a mobilização de mais de 304 bombeiros e 64 viaturas, bem como de 120 sapadores florestais com 24 veículos.
Em ambos os distritos, tal como no resto do país, os meios terrestres contam também com o apoio de elementos da GNR, Instituto de Conservação da Natureza, torres de vigias e da AFOCELCA.
Questionado pelos jornalistas sobre o relacionamento entre os novos Grupos de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da GNR e os bombeiros, António Costa disse acreditar que "vai haver um excelente trabalho de todos". "Todos somos poucos para defender a floresta portuguesa e é essa a noção que importa ter quando, nas comemorações do 95º aniversário da GNR, forem apresentados os GIPS", sublinhou.
O ministro defendeu ainda que “o problema de disputas entre diferentes agentes é uma questão ultrapassada. Toda a gente percebeu que a criação dos GIPS não visa substituir ninguém, mas reforçar a nossa capacidade em relação a anos anteriores", realçou.
Segundo António Costa, "está tudo em paz e sossego e todos os agentes e meios estão mobilizados". Para reforçar a ideia, referiu que "o presidente da Liga dos Bombeiros tem estado presente nestas cerimónias pelo país e em quase todos os distritos temos um aumento de bombeiros voluntários".
A nível nacional e nos períodos mais quentes (de Julho a Setembro), o dispositivo integrado de combate aos incêndios conta com 5.100 bombeiros, apoiado s por mil 188 veículos e 50 meios aéreos.
A estes números somam-se 1.400 elementos da GNR mobilizados, com o apoio de equipas do Instituto de Conservação da Natureza (ICN), que atingem no máximo 300 elementos, e equipas de combate a fogos florestais das indústrias de celuloses, duas centenas de operacionais, apoiados por três meios aéreos.