No próximo ano
Governo Civil acaba
com barreiras a deficientes


O edifício do Governo Civil de Castelo Branco deverá ver resolvidas em 2007 as "barreiras arquitectónicas" que impedem o acesso a cidadãos deficientes, afirmou na passada semana a governadora civil, Alzira Serrasqueiro.


NC/Urbi et Orbi

O edifício do Governo Civil de Castelo Branco vai sofrer obras de remodelação

Em declarações à Lusa , à margem da cerimónia de entrega dos prémios distritais do programa "Escola Aberta", projecto dirigidos a estudantes que visa contribuir para uma melhor mobilidade dos cidadãos portadores de deficiência, Alzira Serrasqueiro disse que o problema tem soluções que estão a ser equacionadas. "São soluções que são caras, mas não são impossíveis. E penso que o Estado tem de dar os bons exemplos" frisa a governadora civil.
Embora tenha dito esperar que ainda este ano a situação ficasse resolvida, após uma troca de impressões com uma técnica do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), presente na cerimónia, acabou por revelar que as obras deverão terminar em 2007, estando garantidas as verbas para o efeito. "O presidente do IPPAR sabe que eu tenho de ter este problema resolvido. Espero a melhor solução possível, que dê aos cidadãos com deficiência uma igualdade à de todos os outros cidadãos", sustenta. Entre as hipóteses, resultantes de uma avaliação feita pelo IPPAR, está a instalação, junto à escadaria principal, de um elevador ou escadas eléctricas que possibilitem o acesso ao primeiro piso.
Já a construção de uma rampa através do jardim, situado nas traseiras do edifício, não é do agrado da governadora civil: "Não é grande solução porque não permite que os cidadãos deficientes entrem pelo sítio por onde entram todos os outros", observa.
Actualmente, o edifício do Governo Civil apenas permite o acesso a cadeiras de rodas por uma entrada lateral e mesmo assim só até ao piso térreo. A situação acabou por ser detectada por alguns dos participantes no programa "Escola Alerta", aquando da elaboração de um dos projectos, especificamente direccionado para as acessibilidades aos edifícios públicos de Castelo Branco, quando um dos alunos, com dificuldades motoras, não pode subir as escadas. Durante a entrega dos prémios, a situação da falta de acessos aos pisos superiores do edifício voltou a verificar-se, com alguns alunos que se movimentam em cadeiras de rodas a terem de ser transportados por agentes da PSP. Castelo Branco participou este ano pela primeira vez no programa nacional "Escola Aberta", tendo sido o segundo distrito, depois de Setúbal, com maior número de projectos e maior número de alunos envolvidos, cerca de 350.
O primeiro lugar na categoria reservada aos alunos do 2º ciclo do ensino básico foi atribuído ao Instituto de São Tiago (Proença-a-Nova), enquanto o agrupamento de escolas de Alcains venceu a categoria destinada a alunos do 3º ciclo e secundário. Às escolas vencedoras foi entregue uma medalha e uma verba de 600 euros, atribuída pelo Secretariado Nacional de Reabilitação e Integração da Pessoa com Deficiência, destinada à compra de livros ou material informático.