Assembleia-geral de Alunos
Critérios de avaliação
continuam a criar polémica

Depois da Providência Cautelar proferida pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco contra a aplicação de certos critérios de avaliação, nomeadamente, a imposição de notas mínimas para o acesso aos exames e assiduidade obrigatória, anunciam-se novas formas de luta por parte dos estudantes.


Por Lidiane Oliveira

A Assembleia-geral de Alunos falou sobre as futuras medidas de luta

Após o recurso apresentado pela Reitoria da UBI, no Tribunal Central Administrativo do Sul, contra a Providência Cautelar requerida pelos alunos ter sido chumbado, uma Assembleia-geral de Alunos ouviu os estudantes da UBI acerca de como agir perante a polémica dos critérios de avaliação.
Bruno Carneiro, presidente da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) afirma que o objectivo desta AGA é “chegar a um consenso de qual é a melhor forma de actuação em relação à problemática dos critérios de avaliação”. Critérios que segundo o presidente da AAUBI são ilegais “pois não foram aprovados pelo Senado da UBI e não foram dados a conhecer aos alunos no início do ano lectivo”.
No caso dos alunos prejudicados pelos critérios de avaliação impostos no primeiro semestre, o presidente da academia ubiana admite que a não haver nenhum consenso, “não está posta de parte a hipótese de avançar com queixas-crime contra os docentes, visto que a razão está do lado dos alunos”. “Os professores tem autonomia para decidir como vão dar as aulas mas não podem mudar as regras de avaliação”, reitera ainda Carneiro.
Paulo Ferrinho, eleito por unanimidade como sócio de mérito da AAUBI numa das votações decorridas nesta AGA, foi muito crítico em relação ao recurso apresentado pela Reitoria, que pretendia travar a providência cautelar accionada pelos estudantes contra as normas de avaliação. Paulo Ferrinho, apresentou uma proposta que pretende orientar as actividades da Associação Académica em relação aos critérios de avaliação. A proposta, que engloba acções como a colocação de faixas alusivas ao descontentamento dos alunos por toda a Universidade, foi aprovada pela maioria com apenas uma abstenção e nenhum voto contra.
Para o mentor da proposta esta iniciativa é “muito importante, na medida em que vai obrigar o Reitor a negociar com a Associação Académica para assim se chegar a um consenso para o próximo ano lectivo”. Bruno Carneiro espera que com esta proposta se possa minimizar os danos causados pelos critérios de avaliação, aos alunos no primeiro semestre, e evitar que estes aconteçam no segundo. Outro objectivo é fazer com que todo aluno que estiver interessado em ingressar na UBI saiba de antemão os critérios de avaliação a que será sujeito. Está agendada para próxima terça-feira, dia 6 de Junho, uma reunião do presidente da Associação Académica com a Reitoria da UBI onde Bruno Carneiro espera que “as portas estejam abertas ao diálogo, pois só assim se resolverá esta questão”.