Mais uma época mais um Campeonato Nacional Universitário com o ouro no horizonte. O que é certo é que o título de campeã nacional universitária já foge a esta equipa feminina de futsal há três épocas. Tivesse sido por isso ou não, o certo foi que o torneio não começou da melhor forma. No primeiro dia de competição, uma segunda-feira, estava agendado apenas um jogo para a equipa da AAUBI, reservando-se para o dia seguinte os dois jogos restantes da fase de grupos.
O primeiro jogo foi sem mais nem menos a reedição da final do CNU passado, com o desfecho já conhecido, a derrota da AAUBI na final. Contra a AEFCDEF, o inicio da partida mostrava que este ia ser um jogo de nervos. As duas equipas não entraram bem, errando muitos passes e preocupando-se sobretudo em não cometer erros. Ainda assim, foi a UBI a equipa a crescer mais no jogo, criando a pouco e pouco oportunidades de golo e deixando o treinador adversário preocupado. Mas os golos estavam reservados para o segundo tempo e o reinício do jogo trouxe logo dois. Primeiro a equipa da casa, depois a AAUBI e o jogo voltou a estar novamente empatado. Foi apenas a cinco minutos do fim que o empate se desfez, e para o FCDEF, que conseguia assim uma importante vantagem perto do fim. Apesar de a AAUBI ter apostado no guarda-redes avançado, para desequilibrar as adversárias, estas não comprometeram e o jogo acabou com a vitória da equipa do Porto.
A ter de esperar pelo dia seguinte para competir novamente e com a obrigatoriedade de vencer os dois jogos, a AAUBI apresentou-se contra o Instituto Politécnico do Porto de forma nervosa e o certo é que o jogo não começou novamente da melhor forma, e desta vez com um golo sofrido muito cedo. Mas uma equipa que quer ser campeã tem de ser capaz de superar as dificuldades e foi isso mesmo que as jogadoras ubianas demonstraram. Depois de várias tentativas, de um domínio do jogo tão grande quanto o desperdício de oportunidades, a formação da UBI consegue virar o jogo ainda antes do intervalo, colocando-se a vencer por 2-1. A dificultar a partida para a AAUBI estava ainda o ambiente do pavilhão, pois o IPP jogava em casa e contava com o apoio do público, ainda para mais numa partida onde cada ressalto de bola foi parar às mãos das atletas, criando muita contestação nas bancadas. E a equipa da casa procurou durante toda a segunda parte forçar o empate, vivendo-se até aos últimos segundos momentos intensos, mas que a AAUBI soube controlar e garantir assim a vitória.
Para passar de grupo a formação da UBI estava obrigada a vencer e a esperar pela conjugação favorável de resultados entre a AEFCDEF e o IPP. A partida contra a Associação de Estudantes da Faculdade de Motricidade Humana de Lisboa não teve muita história. Este era claramente o jogo mais fácil do grupo para a AAUBI que foi construindo um resultado confortável com o passar dos minutos, terminando com uma vitória por 8-0. O jogo serviu sobretudo para elevar os níveis de confiança da equipa, depois de dois jogos complicados. Feito o mais difícil, faltava agora esperar que não acontecesse nenhuma surpresa na outra partida, facto que não se veio a verificar, pois o FCDEF venceu, somando assim três vitórias em três jogos e passando em primeiro do grupo, seguido da AAUBI.
A meia-final, que acabou por ser o jogo mais importante do torneio, ditou que se encontrassem as equipas da UBI e dos ISMAI. A partida tinha agora vinte minutos cronometrados, ao contrário dos 15 minutos na fase de grupos, e quem viu os primeiros minutos da AAUBI viu uma equipa campeã, tal foi a garra e a força com que a formação ubiana entrou em jogo. Sem deixar respirar as adversárias, aos 30 segundos a UBI já tinha atirado uma bola ao poste, criou inúmeras situações de golo e concretizou uma. Mas de um momento para o outro, a intensidade da AAUBI decresce, a equipa começa a permitir que o ISMAI troque a bola com mais facilidade e na primeira bola direccionada à baliza, entra. Com o intervalo a chegar, como se um mal não bastasse, a AAUBI consente outro golo e vai para o intervalo a perder, apenas por culpa própria. O inicio do segundo tempo voltou a mostrar que a equipa da Covilhã queria mesmo estar na final dos CNU’s e chegou ao empate, mas na jogada de resposta o ISMAI volta a marcar recolocando-se a vencer. Animicamente a AAUBI sentiu o golo, ainda passou a jogar com guarda-redes avançado mas mais uma vez a sorte esteve no lado das adversárias, que voltaram a marcar e por duas vezes, elevando a contagem para 5-2. Na resposta, e na primeira vez que a AAUBI aproveita o ataque de cinco à frente, faz golo e ainda trás esperança, mas que acabou por se ficar nos 5-3 final, o que significava desde logo mais um ano onde a equipa feminina de futsal não conseguia vencer a competição.
Já com pouco para jogar, a equipa ubiana ainda conseguiu arranjar forças e garra para lutar pela medalha de bronze. Tendo em conta ainda o facto de a adversária ser a equipa do FCDEF, que tinha ficado pelo caminho frente a Associação Académica de Coimbra, que venceu o CNU deste ano. Mais uma vez a partida começou mal para a AAUBI que rapidamente se viu a perder por 1-0. O jogo parecia ser fotocópia do primeiro confronto, com as adversárias a defenderem bem e com a AAUBI a ter dificuldades em criar perigo. Apenas no final da primeira parte a equipa da Covilhã passou a criar mais oportunidades, mas não as finalizou e assim chegou o intervalo.
A AAUBI nunca deixou de tentar contrariar o rumo do jogo, apesar de as coisas nem sempre saírem bem, a equipa sentia que era capaz de recuperar no marcador. Se colectivamente as jogadas não estavam a surtir efeito, dois rasgos geniais de individualidade decidiram o jogo. Primeiro Raquel e depois Cátia com dois remates de fora da área indefensáveis garantiram assim a conquista da medalha de bronze pela AAUBI.
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