Maria de Lurdes Ribeiro Pereira vive no lar há 12 anos. Por já não ter consigo o pai, mãe, e sem um dos dois irmãos, Maria de 66 anos decidiu ir viver para o Lar de São José, também como uma forma de fugir à solidão que a atormentava.
Esta senhora vivia na freguesia da Boidobra, no concelho da Covilhã, e trabalhou toda a sua vida no campo, numa quinta que o seu pai tinha arrendada e na qual também trabalhava. Maria é solteira e considera que toda a sua vida foi preenchida com muito trabalho e com muita dor, devido aos ataques epilépticos de que sofria e dos quais está livre há cerca de seis anos. Agora que vive no lar Maria diz que pode “descansar e cantar, uma das coisas que gosto muito de fazer”. A residente considera que esta felicidade é fruto da boa relação que tem com todas as pessoas do lar e do facto de receber visitas da tia, de uns primos, do irmão e da cunhada. Para ela receber estas visitas é muito satisfatório, “é uma forma de saber que ainda gostam de mim” afirma. Para esta sexagenária “o mais importante é ter saúde para assim poder participar nas actividades que me ajudam a ocupar o tempo”.

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