Urbi@Orbi – Nestas suas novas funções, poderá dizer-nos que projectos dentro da área social prevê a câmara municipal para o futuro?
António Rebordão – A câmara tem em mente desenvolver três projectos: Covilhã S.O.S., Fundação Pêro da Covilhã e Residência Sénior, todos eles inseridos no plano de acção de desenvolvimento da área social. O primeiro já em franco desenvolvimento, estando os outros dois ainda numa fase mais embrionária.
Urbi@Orbi – Dado ser o projecto Covilhã SOS que está em fase de desenvolvimento, diga-nos como surgiu a ideia desse projecto?
António Rebordão - Existem no concelho da Covilhã mais de 16 mil idosos portadores do Cartão Social Municipal.
Uma percentagem significativa que adquire graus de dependência para as quais não há resposta. Não existem vagas suficientes nos lares de terceira idade. Das que existem, os custos com os mesmos não estão ao alcance da maioria, cujas reformas são muito inferiores aos valores praticados. Outros ainda não aceitam, de modo algum, ir para um lar, sentem pavor. Não vêem, com bons olhos, um lar de terceira idade, pelos rumores antigos quando era um albergue como se referem a histórias pouco abonatórias da forma de tratamento. Foi a pensar nisto tudo que o presidente da câmara avançou para a introdução do projecto intitulado Covilhã SOS.
Urbi@Orbi – O que pretende a câmara fazer com esse projecto?
António Rebordão – Após levantamento das diversas situações que vierem a ser encontradas, pretende-se dar apoio local (nas suas casas) aos idosos em função do seu grau de dependência. Assim, desde a simples assistência médica até ao acompanhamento completo do idoso (quando o grau de dependência seja total) as equipas multi-funcionais estão no terreno para assistir, no concelho, a todos os casos identificados. Para além disso, todos poderão beneficiar das diversas áreas de saúde contidas no Espaço das Idades.
Urbi@Orbi – Falou em equipas multi-funcionais, como serão formadas essas equipas?
António Rebordão – Essas equipas serão organizadas em função das necessidades sociais e de saúde resultantes do levantamento que está em curso.
Urbi@Orbi – Disse existirem 16 mil idosos no concelho da Covilhã. Esse projecto irá abranger todos eles?
António Rebordão – Sim. Destina-se a todos os idosos portadores do Cartão Social Municipal do concelho da Covilhã.
Urbi@Orbi – Para quando se prevê a entrada em funções desses Serviços?
António Rebordão – Durante o presente mandato e no mais curto espaço de tempo.
Urbi@Orbi – O presidente da Câmara da Covilhã disse em plena assembleia municipal que com a redução de verbas vindas do Governo, vai ter de cortar também os seus apoios nomeadamente na área social. Quem irá pagar as despesas inerentes à prestação desses serviços?
António Rebordão – O pagamento dos serviços do projecto Covilhã SOS, será sempre em função dos rendimentos de cada idoso, tendo presente que também o Estado tem uma palavra nesta área.
Urbi@Orbi – Esses serviços serão prestados diariamente?
António Rebordão – Covilhã SOS será um serviço permanente aos idosos, durante as 24 horas do dia, dependendo sempre das necessidades de cada um deles e do grau de dependência que venham a evidenciar. Por exemplo, um idoso totalmente dependente terá sempre apoio nas 24 horas do dia.
“Uma forma de combater a solidão”
“Fazemos aquilo que os lares e centro de dia não fazem”