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O antigo traçado do IP 5 deu lugar à auto-estrada A 25

Porto da Carne quer ligação à A 25

Oito juntas de freguesia da Guarda manifestaram-se na última semana, pela reabertura do troço do IP5 que fazia a ligação entre Porto da Carne e a auto-estrada. Residentes e empresários dizem que encerramento da via provoca um atraso de 30 anos.

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Autarcas, empresários e populações de oito freguesias do concelho da Guarda, exigiram na passada semana, a reabertura do troço do IP5 entre Porto da Carne/Guarda e a respectiva ligação à A25, na zona do Alvendre. A reivindicação foi feita durante uma conferência de imprensa realizada junto do nó de acesso ao IP5 no Porto da Carne.
O troço do IP5 Porto da Carne/Guarda foi encerrado a 27 de Maio na sequência da abertura do lanço da nova auto-estrada construída para substituir o Itinerário Principal. “As populações foram privadas de utilizar o IP5 de acesso à cidade da Guarda, o que acarreta graves prejuízos não só para as populações desta zona, mas também para as empresas de transportes internacionais e para as fábricas aqui sedeadas”, afirma Carlos Granjo, porta-voz das oito autarquias do Baixo Mondego e presidente da Assembleia de Freguesia de Porto da Carne. “Exigimos que o troço do IP5 que foi encerrado, continue aberto entre a freguesia e o Alvendre, onde deverá entroncar na nova auto-estrada”, explicou.
Com o fecho do IP5, os moradores na zona do Vale do Mondego são obrigados a utilizar a Estrada Nacional (EN) 16, ou a Estrada Municipal 577 que faz a ligação com o Alvendre. “Indo para a Guarda pelo IP 5 e com a ligação que reclamamos à A25 percorremos nove quilómetros, mas fazendo o percurso pela EN 16 são cerca de 20 quilómetros”, assegura José Ferreira, secretário da Junta de Freguesia de Porto da Carne.
O empresário António Garcia, ligado ao sector dos transportes internacionais, também dá conta do descontentamento, afirmando que, com a situação criada, “voltámos trinta anos atrás”. “Temos funcionários que andavam 30 quilómetros e agora têm que percorrer 60”, afirmou. Se a situação não for resolvida, o empresário admite “sair de Portugal e ir para Espanha”.
O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Joaquim Valente, mostrou-se solidário com o protesto, adiantando que vai discutir o assunto com o secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos.
“O traçado do IP5 tem características técnicas” para continuar a funcionar, defende o autarca, admitindo que “a A25 veio desvalorizar um troço onde foi gasto muito dinheiro”. “É um erro de projecto, porque há um entroncamento da auto-estrada no IP5 e era de bom tom que houvesse um nó”, defende o edil.
“Queremos resolver isto a bem, com o diálogo, mas se for necessário, partiremos para a luta”, admite Carlos Granjo, acrescentado que já foi enviada uma petição ao Ministro das Obras Públicas, ao Instituto de Estradas e ao Governo Civil da Guarda a dar conta da situação.
“Aguentamos até ao dia 28 – altura em que o presidente da Câmara reúne com o secretário de Estado – e mediante a resposta, veremos que outras atitudes e medidas poderemos tomar”, referiu, não pondo de parte a possibilidade de se endurecer a luta em defesa dos interesses das populações”.
Aldeia Viçosa, Cavadoude, Faia, Misarela, Pêro Soares, Porto da Carne, Sobral da Serra e Vila Cortês do Mondego, são as Juntas de Freguesia que reivindicam a reabertura do troço do IP5.
A auto-estrada A25, com um total de 172 quilómetros, está a ser construída no âmbito da concessão SCUT Beiras Litoral e Alta, para substituir na sua totalidade o IP5 na ligação entre Aveiro e Vilar Formoso.


O antigo traçado do IP 5 deu lugar à auto-estrada A 25
O antigo traçado do IP 5 deu lugar à auto-estrada A 25


Data de publicação: 2006-07-04 00:00:11
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