Voltar à Página Principal
Jornal Online da UBI, da Covilhã, da Região e do Resto
Director: António Fidalgo Directores-adjuntos: Anabela Gradim e João Canavilhas
 
A equipa feminina da Boidobra não conseguiu vencer a formação benfiquista

Boidobra não consegue travar Benfica

A garra do segundo tempo não se viu na primeira parte e os cinco golos marcados após o intervalo foram insuficientes para evitar que as encarnadas, justamente, revalidassem o título de campeãs nacionais

> Notícias da Covilhã

A tarefa não se afigurava fácil. Anular três golos de desvantagem da primeira volta, na Luz, e derrotar as campeãs em título, o Benfica. Mas a Boidobra entrou mal no jogo. Fez uma primeira parte medíocre. Não conseguia chegar com a bola controlada à área adversária, e falhou muitos passes. Erros que, contra uma equipa madura como a do Benfica, se pagam caros.
O resultado ao intervalo era já cinco a zero. Na segunda metade a turma serrana mudou de atitude. Sem nada a perder, e numa altura em que as encarnadas começaram a rodar mais a equipa, soltaram-se e conseguiram mostrar o seu futebol, cujo motor foram Rute e Tânia. Mas já não foram a tempo de conquistar o maior troféu nacional de futsal feminino e o Benfica revalidou o título.
As lisboetas, conjunto que se posiciona muito bem a defender, surgiram desde o início mais rematadoras e tomaram a iniciativa do jogo. Aos 6 minutos a tecnicista e irrequieta Rita Martins isola Marisa Lima, que remata rasteiro para o primeiro golo. Na réplica, Tânia, que se mostrou incansável nos desarmes, recuperação de bolas e na condução do jogo, atirou às malhas laterais, na sequência da cobrança de uma falta.
Mas eram as “águias” que dominavam e, depois de ameaçar, o Benfica aumentou a contagem aos 13 minutos, por Anabela. O tento seguinte surgiu pela experiente capitã, a fixo Catarina, que pegou na bola perto do círculo de meio campo, rematou do meio da rua e apanhou desprevenida a guardiã Ana Catarina, que podia ter feito melhor.
Catarina voltou a criar perigo, com um remate cruzado a rasar o poste e aos 16 minutos bisou. Num contra-ataque, após jogada individual de Rute, Rita meteu a bola ao segundo poste, a meia altura, e Catarina empurrou com o peito para dentro da baliza.
Na jogada seguinte Rute faz levantar o ruidoso e lotado pavilhão, ao isolar-se, mas atirou à figura. Ana Marques, no primeiro livre de dez metros, que sancionou a quinta falta, também não aproveitou. Rute ainda voltou a tentar, pelo corredor central, mas foi Sofia quem marcou o quinto do Benfica, depois de driblar a capitão da Boidobra. Ticha, a passe de Rute, criou ainda perigo. Porém, a bola não entrava.
No segundo tempo foi outra a Boidobra em campo. Catarina foi a primeira a assustar, no entanto, as jogadoras serranas estavam dispostas a mostrar mais e primeiro Rute, depois Ticha, dão o mote para a atitude que se seguiu. Uma postura combativa, mais descontraída e, naturalmente, com reflexos no marcador.
Aos 6 minutos Rute corre todo o corredor esquerdo e, a meia distância, atira para o primeiro tento do emblema do concelho, quando o público estava a desanimar. Sílvia, outro pilar do Benfica, leva amarelo e a seguir Ana Raquel vê a mesma cartolina, por derrubar Rute, na zona central, ainda longe da baliza. Em jogada estudada, a capitã serrana dá para o lado direito, onde surge Tânia, que sai do poste, a atirar para golo.
Galvanizada, Tânia volta a insistir. Logo a seguir, é o Benfica quem atira duas vezes ao poste. Num livre de dez metros após falta de Marisa, lances em que a Boidobra foi muito perdulária na Luz, Ticha atira à figura e Ana Marques, na emenda, factura. No mesmo minuto, mais exposta ao contra-ataque, a Boidobra sofre o sexto, por Rita, que recebe o esférico junto à linha lateral, rodopia e, de longe, atira forte à baliza.
Aos 12 minutos Marta toca com a mão na bola e, em mais um livre, Tânia volta a reduzir, num remate portentoso. Contra a maré do jogo, Rita volta a estar noutro golo. Passa a Marta que, no segundo poste, só teve de encostar o pé. Aos 15 minutos a persistência e o querer da Boidobra volta a dar frutos. Ana Vanessa deixa a bola para Tânia que, em queda, ainda consegue dar o toque para o quinto da equipa e terceiro da conta pessoal.
Ana Catarina ainda fez duas excelentes defesas consecutivas, de remates “à queima”, e as Estrelas do Zêzere deram o tudo por tudo a três minutos do fim, ao fazer jogar Ticha como guarda-redes avançada quando a equipa atacava. Ticha e Tânia desperdiçaram oportunidades e, apanhadas em falso, sofreram o oitavo golo encarnado, por Anabela. As jogadoras da Boidobra lutaram até ao fim e, nos últimos segundos, Ana Vanessa, ainda fez tremer a trave, mas já não havia nada a fazer. Pela terceira vez, a Boidobra deixou fugir a Taça na final. Clube que conta também com cinco presenças em meias-finais da competição.


A equipa feminina da Boidobra não conseguiu vencer a formação benfiquista
A equipa feminina da Boidobra não conseguiu vencer a formação benfiquista


Data de publicação: 2006-07-04 00:00:11
Voltar à Página principal

2006 © Labcom - Laboratório de comunicação e conteúdos online, UBI - Universidade da Beira Interior