Atletismo arranca em Outubro

Com um vasto leque de actividades, a associação tem desempenhado ao longo dos anos uma actividade social digna de registo.

A Associação do Bairro do Cansado, em Castelo Branco, após uma breve pausa nas suas actividades, devido aos meses de férias, vai dar continuidade aos objectivos previstos no seu Plano de Actividades. Deste modo, e na vertente desportiva, a segunda época da modalidade de atletismo vai arrancar em Outubro, de acordo com os calendários definidos pela Associação de Atletismo.
Na área de futebol e de futsal, a Associação está aberta às respectivas inscrições para eventuais participações em torneios da modalidade.
O curso de cerâmica e pintura, os bordados tradicionais e um curso de defesa pessoal que já teve o seu início, também integram a vida associativa da colectividade.
Até final do ano, está ainda prevista para o mês de Novembro, a tradicional matança do porco, assim como a realização de um magusto entre os associados. No mês do Natal, decorrerá o tradicional Presépio ao vivo.
André Carvalho, presidente da direcção da Associação do Bairro do Cansado, questionado sobre uma eventual recandidatura ao cargo que ocupa há cerca de 15 anos, lembra que as associações e o associativismo, nomeadamente em Castelo Branco, criaram “uma ideia algo descabida” de que tem de realizar-se eleições, em que os dirigentes normalmente continuam a ocupar os respectivos cargos. “O associativismo tem que ser encarado de uma forma completamente diferente. Todo o aquele que não tenha amor à camisola, não pode fazer parte da vida associativa, já que esta vive de uma grupo de pessoas, que goste, pratique e se dededique à causa do associativismo”.
Reforçando a ideia de que quem está à frente dos destinos de uma colectividade, sofre os seus custos a nível familiar, profissional e até no campo das amizades pessoais, o responsável considera que “provavelmente alguns dos sócios das colectividades, não valorizam o papel do dirigente. Julgo que essa ideia está errada, porque há que dar valor às pessoas que fazem parte dos elencos directivos, porque as associações vivem da carolice e do saber dos seus dirigentes”.
Lamentando algumas críticas de determinadas pessoas, apela a que estas “tomem coragem” e apresentem a sua candidatura aos orgãos sociais. “É tempo de deixarem trabalhar os dirigentes, e serem menos críticas. Particularmente e pessoalmente dou um grande valor a quem faz parte das direcções das colectividades”.
Sem responder concretamente à questão da sua recandidatura, André Carvalho, reforça a ideia de que a sua forma de estar na vida associativa, não se prende com as eleições e as candidaturas. “A minha óptica é sobretudo gostar do associativismo, e ter pessoas que me possam ajudar nas várias actividades, sempre que tal seja necessário. Não falo em eleições, nem em recandidaturas, embora todos saibamos que vai decorrer nesta associação um acto eleitoral, já que o mesmo consta nos respectivos estatutos. Agora penso que nesta colectividade há um conjunto de pessoas que não necessitam de eleições, porque gostam de trabalhar, sabem aquilo que querem e acima de tudo ajudam a associação, civicamente, socialmente e culturalmente, todas as pessoas que fazem parte desta colectividade”.
Na vertente social, a Associação do Bairro do Cansado, tem ao longo dos anos, desempenhado um papel bastante importante. “Embora não tenhamos as infra-estruturas de algumas colectividades, temos tido uma sensibilidade de entre-ajuda ao longo do tempo. Como exemplo, através do empréstimo das nossas carrinhas, temos sido prestáveis a dezenas de instituições da cidade, nomeadamente colocando-as ao serviço de deficientes e de idosos. Também no preenchimento das declarações do IRS, prestamos um serviço cívico a todos aqueles que por incapacidade não podiam deslocar-se à respectiva Repartição de Finanças”.
Ainda na vertente social, André Carvalho, lembra o trabalho comunitário junto das escolas do Bairro do Cansado, Matadouro e Infantário “O Bloquinho”. “Temos dispensado sempre a melhor atenção a tudo aquilo que nos solicitam, inclusive através dos próprios recursos humanos”.
A concluir, o presidente da direcção da colectividade albicastrense, lembra o bairrismo bem patente nas pessoas que residem no Bairro do Cansado. “Ainda hoje mantemos o poder do bairrismo e de conseguir captar as pessoas para ajudar e apoiar quem necessita. É neste sentido e nesta vertente, que a nossa associação tem contribuido para uma certa qualidade de vida de determinadas pessoas”.