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Lourenço da Saúde defendeu a tese de doutoramento, dia 30, na reitoria da Universidade da Beira Interior

Desenvolver a indústria aeronáutica em Portugal

José Lourenço da Saúde analisou operadores de toda a parte do mundo. Concluída a tese de doutoramento, recomenda desenvolvimento e ligação entre a indústria aeronáutica e as universidades

> Cátia Felício

Após cinco anos a estudar 21 empresas de todo o mundo, Lourenço da Saúde apresenta uma novidade: um quadro de referência para um conjunto de actividades ligadas ao suporte das aeronaves.
“Engenharia do Sistema de Sustentação de Aeronaves Comerciais: Modelo Unificador da Gestão do Processo de Suporte” foi a tese de doutoramento defendida por Lourenço Saúde, dia 29, na reitoria da UBI.
Foram analisadas empresas da Europa, Médio Oriente, Extremo Oriente, Ásia e Estados Unidos. Especifica que o trabalho contou com a colaboração de quatro empresas nacionais: a TAP, a Portugália, a SATA e a Airluxor. Lourenço da Saúde descreve-as como contribuidores líquidos para o desenvolvimento do trabalho. Também a OGMA, empresa portuguesa no ramo da Indústria Aeronáutica de Portugal, dedicada à fabricação e manutenção de componentes de aviação, contribuiu para esta tese.
Uma das particulares é a abordagem à actividade das aeronaves comerciais, pois é colocado ao dispor dos operadores (portanto das entidades que operam as aeronaves) o modelo de gestão do próprio suporte dos aviões coisas que eles hoje não têm.
Qual a vantagem deste quadro de referência? Diminui o esforço, explica o autor da tese. Lourenço da Saúde salienta que não basta que os operadores voem as suas aeronaves. É fulcral um quadro de referência. “Se eu quiser implantar um suporte de uma aeronave, qual é que é a minha regra? O que é que eu devo fazer?”. A resposta está num quadro de referência.
A tese pretende ainda servir de alavanca e ser “um exemplo de que é possível a indústria e as universidades caminharem em conjunto e produzir conhecimento capaz de ele próprio formar o desenvolvimento”.
Além de recomendar que o mundo da indústria aeronáutica se desenvolva, diz que o futuro não é parar nem estagnar. Referindo que não é suficiente criar um sector aeronáutico que apenas seja para voar aviões, adianta que o desenvolvimento passa por explorar as condições que as universidades dão, pois têm informação, quadros próprios de aeronáutica e investigação, “capaz de puxar a própria indústria”. Acrescenta que só não é capaz de dizer a velocidade que deve ser imposto para esse desenvolvimento. “A única coisa que eu digo é que, se não houver desenvolvimento, dificilmente as universidades poderão singrar e continuar o caminho que traçaram: ser contribuintes líquidos para a formação de conhecimento e de pessoas nesta área”.

> jmarujo @ oninetspeed . pt em 2007-02-16 10:56:40
Parabéns pela investigação realizada, julgo que a mesma pode contribuir para o reforço das relações entre a UBI e o Sector Aeronáutico. Como somos especialistas a desperdiçar recursos, esperemos que não aconteça a esta Tese, o mesmo que tem acontecido com muitas outras... Caso não tenha oportunidade em solo lusitano, não se preocupe, pois os nossos vizinhos europeus, saberão dar-lhe o destino adequado. JM


Lourenço da Saúde defendeu a tese de doutoramento, dia 30, na reitoria da Universidade da Beira Interior
Lourenço da Saúde defendeu a tese de doutoramento, dia 30, na reitoria da Universidade da Beira Interior


Data de publicação: 2007-02-06 00:00:01
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