A UBI tem cumprido todos os seus compromissos

“Posso garantir que estamos a cumprir todos os nossos compromissos, ainda que com alguma dificuldade”. Palavras de Correia Pinheiro que servem para responder à questão da saúde financeira das instituições de ensino superior. Segundo o administrador da UBI, só com a utilização de dinheiro vindo de receitas próprias “e que poderia ser aplicado noutros investimentos, se o financiamento fosse adequado” é que se pode fazer frente a todos os compromissos. Para exemplificar o esforço financeiro das universidades, o administrador da UBI descreve “a obrigação imposta às universidades, desde Janeiro passado, do pagamento de sete e meio por cento para a Caixa Geral de Aposentações, que a UBI pagou sem que previamente o orçamento da UBI tivesse sido reforçado. O Estado deveria por isso ter uma maior atenção e ajudar mais as universidades que não fazem certos investimentos porque têm de desviar dinheiros para cumprir compromissos”, sublinha Correia Pinheiro.
As universidades, neste momento, “estão mesmo muito mal”. O último aumento dos orçamentos das universidades registou-se em 2001 “e desde essa altura que os orçamentos não aumentaram l”. Nem o reforço financeiro cresceu, “como nem sequer houve uma compensação pela taxa de inflação que sobe todos os anos cerca de dois e meio por cento”. O administrador da UBI recorre a outro exemplo simples, “o do Índice de Preço no Consumidor”, “ deve ter subido mais de 10 por cento nestes últimos 5/6 anos e os nossos orçamentos não subiram, pelo contrário, diminuíram”.
São pois as receitas próprias que têm resolvido o problema, “não sei por quanto tempo”, desabafa o responsável. “Até ao momento temos conseguido, a muito esforço, resolver todos os problemas com o recurso a receitas próprias que já são utilizadas para pagamento de algumas remunerações quando as mesmas deveriam ser utilizadas em investimentos em equipamentos e em infra-estruturas dificilmente financiáveis através do PIDDAC”, descreve o administrador da instituição.

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