Voltar à Página da edicao n. 432 de 2008-05-06
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Autarquia pede dinamismo na nova sede dos Leões da Floresta

Nova casa é um espaço amplo, com três pisos. Mas que só se justificam, segundo Carlos Pinto, “se tiverem acções”.

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Desde a última semana, dia em que se assinalava o 25 de Abril, que os Leões da Floresta, mítica colectividade da Covilhã com 54 anos, têm à disposição a nova sede. Um espaço amplo, com três pisos, construído no local onde se situava a antiga casa. Agora sem a íngreme escadaria, uma das imagens de marca.
“Estas salas só se justificam se tiverem acções”, referiu o presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto, durante a cerimónia de inauguração. O autarca pediu dinâmica aos Leões da Floresta e manifestou o desejo de ver incrementadas as actividades culturais. Sugeriu, por exemplo, a realização de encenações teatrais.
Para já, a colectividade que tem actualmente o ténis de mesa e a Corrida de São Silvestre como bandeiras, passa a acolher o Grupo de Cantares de Santa Maria.
Com apenas o bar totalmente equipado, o recém empossado presidente da direcção, Vítor Fernandes, apelou à Câmara e Junta de Freguesia de Santa Maria que ajudem a preencher o espaço. Apoio para o qual Carlos Pinto mostrou abertura. Até porque, frisa, a parte mais difícil está concretizada. “É mais um pequeno esforço, havemos de resolver isso”.
Perante uma sede repleta de sócios e frequentadores da colectividade, Carlos Pinto prestou homenagem ao movimento associativo no concelho. “Ainda não se falava em escola pública ou privada e já nos clubes da nossa terra, os que tinham sede de conhecimento, aprendiam as primeiras letras. Era aí também que covilhanenses ilustres ensinavam”, lembrou o autarca, para quem o associativismo no município “é um exemplo para as novas gerações”.
O edil espera também que a sede seja “um ponto de encontro para o são convívio”, numa altura em que “o isolamento é um dos dramas da sociedade e já ninguém reúne nos adros”. Carlos Pinto acrescentou que “ a sede vai ter uma frequência acrescida”, numa alusão ao centro de atendimento que a partir de Outubro vai funcionar no último piso do Mercado Municipal.
“Agora há condições óptimas para conviver, para desenvolver a cultura e o desporto”, sublinhou António Rebordão, presidente da Junta de Freguesia. Fernando Costa, que a 31 de Março tomou posse como responsável pela Assembleia Geral do clube, realçou que o “momento baixo” por que passa a colectividade, numa referência às dificuldades económicas e à auditoria prevista às contas da anterior direcção. Mas aproveitou para elogiar os que durante 54 anos trabalharam em prol da instituição.
Já Vítor Fernandes apelou à “união de todos para vencer estes tempos, porque se foram cavando algumas fossas”. Num discurso pouco ambicioso e de contenção, o novo presidente dos Leões da Floresta reconheceu, no entanto, que “a nova sede, três vezes maior que a anterior, traz novas exigências”. Por isso, caso haja parcerias e quem dinamize os projectos, podem surgir novas modalidades. É o caso do cicloturismo, que está na calha. O atletismo, disciplina em que actualmente nenhum clube da cidade aposta, poderá vir a ser também uma aposta.
Ponto assente é uma reflexão sobre os prémios da Corrida de São Silvestre, que deverão passar a ser mais modestos, atendendo às dificuldades manifestadas pelos dirigentes dos Leões.
Depois de algum tempo num pequenos espaço no rés-do-chão do Mercado Municipal, a colectividade abriu as portas no sábado ao público em geral, com um concerto do fundanense Jerónimo, acompanhado pelos CroMagnon.
A recuperação da sede foi negociada entre a autarquia e a construtora Somague, que edificou o imóvel e ficou detentora dos apartamentos construídos por cima do clube, entretanto postos à venda.


Data de publicação: 2008-05-06 00:00:00
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