Voltar à Página da edicao n. 443 de 2008-07-22
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      Edição: 443 de 2008-07-22   Estatuto Editorial   Equipa   O Urbi Errou   Contacto   Arquivo  
O júri das provas com o autor da tese ao centro

Novas formas de cinema

Uma tese de doutoramento apresentada na UBI analisa o papel que a computação gráfica tem vindo a ganhar no cinema. As principais transformações introduzidas por esta técnica também são abordadas.

> Eduardo Alves

Assinalar as principais mudanças que se estão a produzir no cinema, “para o bom e para o mau, com a introdução da computação gráfica, foi o principal objecto de estudo da tese de doutoramento apresentada por Carlos Manuel de Almeida Figueiredo.
Com esta análise, intitulada “Espaço cénico no cinema – computação gráfica e representação”, o autor do estudo tenta perceber qual é o papel que a computação gráfica pode ter no cinema, “particularmente neste contexto, embora se tenham também abordado outras artes que estão presentes e que são utilizadas nos filmes e nas animações veiculadas através da computação gráfica ou exclusivamente ou participando na cenografia ou noutros elementos do cinema”.
Carlos Figueiredo explica que foram também analisadas “as formas através das quais as técnicas eram transportadas do cinema, da narrativa, da iluminação, de que forma é que elas se materializam na computação gráfica, há adaptações, não funcionam todas da mesma forma, não veiculam exactamente a restituição em termos de animação por computação gráfica”.
Para além desta perspectiva, o estudo contempla ainda uma outra vertente. “Precisamente aquela onde se fala de qual poderá ser o caminho futuro do cinema com a computação gráfica o que é que isso vai e está já a mudar na sétima arte”, adianta. Uma das grandes questões levantadas por esta tese de doutoramento, nesta matéria, prende-se também com o facto da computação gráfica “poder vir a ser uma arte ou não”. No entender de Carlos Figueiredo, “a computação gráfica, em si própria não será uma arte, mas munindo-se de outras disciplinas como o cinema fez com o teatro e com a fotografia, talvez possa vir a considerar-se”. Essa é uma das grandes incógnitas que só poderá ser respondida depois do percurso feito daqui a 20 ou 50 anos, “com todas as novas formas de expressão artística, filmicas, de discurso visual podem ser geradas com mais esta ferramenta que necessita sempre do discurso do cinema para funcionar”.
O autor vai mais longe e diz mesmo que “a computação gráfica é um mito, a não ser que se considere que ela, para ter expressão artística, tenha de ir beber ao cinema, à banda desenhada, ao teatro, e à fotografia”. Carlos Figueiredo lembra que “o que é interessante de ver também é a forma como a computação gráfica transporta todas estas figuras para o cinema e como é que faz a fusão destas”.
Esta tese foi aprovada por um júri constituído por José Duarte Gorjão Jorge, professor associado da Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, Joaquim Mateus Paulo Serra, professor associado da Universidade da Beira Interior, Manuel Jorge Rodrigues Couceiro da Costa, professor auxiliar da Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, António Jorge Martins Aguiar da Silva Bacelar, professor auxiliar da Escola Superior Gallaecia, Frederico Nuno Vicente Lopes, professor auxiliar da Universidade da Beira Interior e Manuela Maria Fernandes Penafria do Rosário, professora auxiliar da Universidade da Beira Interior.


O júri das provas com o autor da tese ao centro
O júri das provas com o autor da tese ao centro


Data de publicação: 2008-07-22 00:03:00
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