Voltar à Página da edicao n. 486 de 2009-05-12
Jornal Online da UBI, da Covilhã, da Região e do Resto
Director: João Canavilhas Director-adjunto: Anabela Gradim
      Edição: 486 de 2009-05-12   Estatuto Editorial   Equipa   O Urbi Errou   Contacto   Arquivo  

“Pretendo criar uma cultura de qualidade”

Está eleito o primeiro reitor depois de todo o processo de adaptação ao novo Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior. João Queiroz foi quem conseguiu reunir a maioria dos votos do Conselho Geral e ser escolhido para ocupar o cargo de maior responsabilidade na instituição, durante os próximos quatro anos. Na sua primeira grande entrevista ao Urbi fala das actividades que se avizinham.

> Eduardo Alves

Urbi@Orbi – Depois de um longo percurso em cargos de grande relevância dentro da orgânica da UBI chega ao lugar de maior responsabilidade na instituição. Como encarou o momento da sua eleição?
João Queiroz –
[Ver RespostaCom a alegria e consciência de o Conselho Geral ter confiado naquilo que eram os meus objectivos no programa de acção e nas ideias de futuro que tenho para a UBI.

Urbi@Orbi – Assume agora funções de reitor, num tempo em que o Ensino Superior passa por profundas remodelações, sobretudo no aspecto da gestão. Como encara esses factos?
João Queiroz –
[Ver Resposta] - Os novos desafios que o Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior traz são precisamente novas oportunidades de melhorarmos a forma de relacionamento interno e externo. Isso permite-nos repensar os processos e reorganizar a universidade de uma forma diferente. A relação da reitoria com os órgãos da universidade vai ser diferente, mesmo a reorganização da parte financeira vai ser diferente, a reorganização dos recursos humanos pode ser diferente porque temos novos regimes jurídicos, quer da avaliação quer nas instituições do ensino superior, ou seja, aquilo que eu acho é que são oportunidades para repensarmos e melhorarmos a qualidade e os serviços do ensino e da investigação dentro da instituição.

Urbi@Orbi – Nos seus 23 anos de existência, a UBI conheceu dois reitores, o que dá mais de 11 anos de chefia a cada um deles. Com a eleição de um novo reitor, vão existir mudanças na matriz da academia?
João Queiroz –
[Ver Resposta] As pessoas são diferentes e obviamente que há ajustamentos e uma forma de ver a academia e uma forma de relacionamento dentro e fora da instituição que tem a ver com as características até pessoais e com a vivência que os anteriores tiveram e os novos vão ter. As mudanças são benéficas na perspectiva de serem consolidadas naquilo que já se construiu antes. Temos de fazer alguns ajustamentos tranquilos no sentido de aceitar melhor os desafios e também a competitividade externa, quer a nível nacional, quer a nível internacional. E é aí que reside a diferença de um novo reitor à frente da instituição Universidade da Beira Interior.

Urbi@Orbi – Há novas formas de eleição do reitor e também novos limites de mandatos, em que uma pessoa não poderá ultrapassar os oito anos no cargo. Também partilha desta visão?
João Queiroz –
[Ver Resposta] – Por completo. Aliás, tinha assumido aquando da minha candidatura a reitor que se não fosse eleito teria deixado, na mesma, o cargo de presidente da Faculdade de Ciências da Saúde, onde estou há quase sete anos. Os mandatos não podem ser extremamente longos. Acho que existem objectivos a alcançar e o que é importante é o que fica das instituições e há pessoas novas que conseguem sempre os lugares com outra forma de ver os problemas, de os resolver e também de encarar os desafios. Sou completamente a favor da limitação de mandatos.

Urbi@Orbi – Quanto ao cargo na Faculdade de Ciências da Saúde, tem sido a principal figura deste projecto, mas vai agora passar para um lugar onde tem de olhar a universidade no geral. Qual foi a marca que pensa ter deixado nesta faculdade?
João Queiroz –
[Ver Resposta] Sempre me senti muito bem enquanto presidente da Faculdade de Ciências da Saúde. Com um vasto conjunto de pessoas, consegui realizar-me do ponto de vista pessoal, profissional, do ponto de vista da evolução do relacionamento de instituição com o exterior e por tudo isso foi um gosto enorme estar na liderança deste projecto.
O desafio e a dificuldade de instalar um programa destes na região, com novos cursos, com a construção e promoção de relacionamentos com os hospitais, foi uma grande responsabilidade, não só perante a região, mas até perante o País, em duas áreas tão sensíveis como a do Ensino Superior, no ensino da saúde e também na da própria Saúde, com a formação de recursos humanos. Sublinho a forma tranquila como a faculdade se foi afirmando no panorama nacional e internacional, a mesma com que fomos instalando todo o projecto e fomos sendo reconhecidos, quer dentro quer fora da universidade. Foi uma mais valia para a afirmação do projecto Faculdade de Ciências da Saúde.

Urbi@Orbi – Foi então um projecto onde lidou com várias áreas, ao nível empresarial, institucional e académico. Experiências que se vão revelar bastante importantes no cargo de reitor?
João Queiroz –
[Ver Resposta] Penso que esta presença à frente da faculdade foi determinante e pode ser bastante importante para a experiência que espero transmitir à instituição. Agora terá de ser pensada uma forma de actuação para cinco faculdades, com realidades completamente diferentes, com fases de evolução, quer em termos históricos quer em termos da consolidação dos seus cursos ou da sua investigação, completamente diferente, mas penso que desde muito cedo a Faculdade de Ciências da Saúde aceitou os desafios e as novas oportunidades do Processo de Bolonha, de uma nova organização da investigação, de uma relação com as empresas, que me vai permitir passar para a universidade essa forma de actuação e tentar afirmar a UBI pela investigação que produz, pelos cursos e pelos alunos que consegue por no mercado de trabalho, pelo relacionamento com o meio exterior, que é extremamente importante, e pela internacionalização que vamos conseguir. Daí que vá promover uma mudança calma e tranquila que daqui a alguns anos vai dar os seus mais visíveis resultados.

Os desafios devem ser encarados como oportunidades

Estão dados os primeiros passos para termos uma universidade mais forte

É extremamente importante repensar toda a investigação



"As limitações de financiamento devem ser ultrapassadas com ganhos de competitividade"


Data de publicação: 2009-05-12 00:01:00
Voltar à Página principal

2006 © Labcom - Laboratório de comunicação e conteúdos online, UBI - Universidade da Beira Interior