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      Edição: 514 de 2009-11-24   Estatuto EditorialEquipaO Urbi ErrouContactoArquivo •  
Jantar de Marienses

Marienses invadem a capital

Comes e bebes, mas também amizade, alegria, música e confraternização numa onda de partilha especial entre habitantes da Ilha de Santa Maria, nos Açores.

> Cândida Braga Coelho

Na noite do passado sábado, 21 de Novembro, realizou-se mais um Encontro Nacional de Marienses, assinalando neste ano a sua sétima edição. O local escolhido para a concretização do evento foi novamente a cantina principal do Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa, uma iniciativa organizada pela Associação Juvenil da Ilha de Santa Maria.

“Confraternizar com o tema Santa Maria em fundo, as pessoas matarem saudades umas das outras e os estudantes terem o sabor da terra” é o grande objectivo  deste evento. Este ano marcaram presença na festa 320 pessoas de diferentes faixas etárias, envolvendo, maioritariamente, marienses, referiu Daniel Gonçalves, presidente da Direcção da Associação Juvenil da ilha de Santa Maria.

O encontro nasceu como mero jantar entre os amigos da Associação Juvenil, mas tem vindo a crescer ao longo dos anos. Posteriormente, outros amigos foram aparecendo e o encontro deixou de ser apenas de jovens marienses, passando a  abranger todas as faixas etárias e mudando o nome para Encontro Nacional de Marienses.

Apesar dos apoios monetários e das passagens aéreas conferidas por algumas das entidades locais da ilha, a “dificuldade em angariar dinheiro para pagar muitas despesas continua a ser a maior dificuldade” diz o presidente da Direcção da Associação, que precisou de juntar 5.500 euros.

Aperitivos característicos desta ilha açoreana, morcela, alheira, molhos, chouriço, o vinho abafado e licor de amora fizeram as delícias dos participantes. As sopas do Império (Espírito Santo), um dos seus pratos típicos, pão da mesa, biscoitos foram outras iguarias oferecidas neste Encontro.

A curiosidade em conhecer a gastronomia de Santa Maria foi o motivo pelo qual Filipe Figueiredo, de 24 anos, natural da Covilhã, aceitou o convite de um amigo mariense, aderindo assim à iniciativa. Na opinião de Filipe, este tipo de eventos é muito interessante e acaba por ser produtivo: “acho que é uma óptima iniciativa porque permite uma partilha cultural entre as pessoas da ilha e as pessoas do Continente. Os marienses dão-se a conhecer, o que é bom para eles e acaba por ser bom para nós, porque conhecemos mais da ilha, como é o meu caso, que nunca lá fui e fico com vontade obviamente de a conhecer”.

A animação da noite ficou a cargo de Bruno Ferreira e do grupo “Sol Baixo”, o som da alma mariense, seguido de animação Mariense.

Carlos Pereira, de 45 anos, abandonou Santa Maria, sua terra natal, há 26 anos para poder adquirir um bom nível de qualificação profissional. O mariense, que estudou Direito e  actualmente trabalha como profissional de Seguros em Lisboa, vê este acontecimento como “uma forma de recordar os amigos e de matar as saudades, mas também uma maneira de fazer ver ao mundo como uma ilha tão pequena tem uma expressão tão grande”. No fundo, o encontro “permite mostrar que Santa Maria tem uma juventude que tem uma garra que nos permite olhar o futuro com muita esperança”, afirma ainda Carlos Pereira.

A associação explica ainda que esta é “uma iniciativa baseada numa lógica de reunião/encontro entre pessoas provenientes de Santa Maria que actualmente, por vários motivos, residem no Continente, potenciando o seu contributo na divulgação e desenvolvimento da sua terra natal”.

 


Jantar de Marienses
Jantar de Marienses


Data de publicação: 2009-11-24 00:00:01
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