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Bolo-rei e vinho afinaram cantares do Dia de Reis

Seis grupos federados do município cantaram as Janeiras na Praça do Município. Os esforços no sentido se manterem as tradições foi realçado por todos.

> Paulo Rocha

A Praça do Município covilhanense iluminou-se no Dia de Reis com as tradicionais Janeiras. No dia 6, seis ranchos folclóricos do concelho juntaram-se para se cumprir a tradição de cantar as Janeiras na cidade. A partir das 21h30, cada grupo iniciou a sua actuação numa rua da cidade, juntando-se no final frente à Câmara Municipal.

O rancho da Boidobra iniciou a sua actuação na rua Comendador Campos Melo, enquanto o rancho do Ourondo passou pela rua António Augusto de Aguiar. Por sua vez, o rancho do Paul começou em Santa Maria e o de Unhais da Serra da rua capitão Alves Roçadas. Já o grupo de danças e cantares do Paul arrancou na rua Ruy Faleiro  e, por fim, o rancho do Refúgio partiu da rua Visconde da Coriscada. No final da noite juntara-se frente à Câmara Municipal, e enquanto uns actuavam, outros conviviam com  espectadores junto a uma mesa com o típico bolo-rei e o vinho fornecido pela Adega da Covilhã.

Hugo Fabião, membro do Rancho Infantil e Juvenil de Unhais da Serra, acha que este tipo de actividades devem ser mantidas porque é preciso “representar os antepassados”. Membro do grupo desde os quatro anos de idade, tenta transmitir à sua filha o gosto pela arte, “para que não acabem este tipo de tradições e para que os mais jovens conheçam a forma de celebrar a época natalícia dos mais antigos”.  Hugo Fabião afirma ainda que estes eventos são “uma boa iniciativa” e realizam-se para relembrar às pessoas este hábito, já que não recebem qualquer tipo de apoio monetário. Hugo Fabião relembrou que nas aldeias, as Janeiras são retribuídas com alimentos como "filhós ou queijo da serra”.

Lucinda Pereira, que assistia ao espectáculo, espera que continuem com a tradição e acredita que “estas festividades tem vindo ser cada vez mais relembradas”. Para esta senhora, os grupos estão a fazer um bom trabalho ao reavivar estas práticas mais antigas.

O vereador da cultura, Paulo Rosa acha importante “manter a tradição”, assim como “proporcionar à cidade aquilo que a cultura portuguesa tem de bonito”, juntando “pessoas de diversas vertentes culturais do concelho nesta festa de cariz popular que atrai o sentimento e a recordação”, Paulo Rosa relembra que é importante “não deixar que as Janeiras caiam no esquecimento”. O vereador da cultura, salientou que a excelência destes grupos federados do concelho faz com que “estas coisas boas da vida não desapareçam”.

A pouca assistência viu as festividades encerrarem pouco depois das onze da noite, pois nem as fogueiras em frente à Câmara Municipal chegaram para aquecer na noite fria do Dia de Reis.


Data de publicação: 2010-01-12 00:00:01
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