Num ano marcado pela crise de candidatos ao Ensino Superior, a academia consegue ver preenchidas, na primeira fase, 86 por cento das suas vagas. Um número que, segundo os responsáveis pela instituição, “supera as expetativas”. Recorde-se que este ano houve uma diminuição de 1558 candidatos às universidades, relativamente ao ano transato, um número que dispara para os 6764, relativamente a 2010, quando concorreram ao Ensino Superior 51842 alunos, em vez dos 45078 que este ano tentaram a sua sorte.
Apesar destes números, a academia beirã viu preenchidas, já nesta fase, 1115, das suas 1295 abertas. Na análise dos números de acessos de alunos aos diferentes cursos, os responsáveis pela instituição sublinham o facto da Universidade da Beira Interior “se colocar destacadamente como a preferida pelos alunos, de entre as que se localizam fora dos grandes centros urbanos do País”.
Outro dos pontos que ganha relevância é a percentagem de candidatos que entraram em primeira opção na UBI, com “71 por cento dos alunos a escolherem a nossa academia, em primeiro”, diz João Queiroz. O reitor dá mesmo o exemplo do primeiro aluno colocado no curso de Medicina na UBI, que escolheu esta formação em primeiro lugar e apresenta uma média de acesso de 19,62 valores. Um sinal “de que a qualidade da instituição e do nosso ensino é reconhecida pelos melhores”. Queiroz mostra-se “muito satisfeito, num ano com menos candidatos e com menos colocados no ensino superior em Portugal, a UBI reforça a sua posição no panorama universitário nacional, uma vez que, sendo das poucas instituições que não diminuiu o número de vagas, mantém uma taxa de colocações na 1ª fase muito apreciável. Os números alcançados não podem deixar de nos manter confiantes no rumo traçado para o futuro da UBI”. Nesta fase, a instituição serrana superou, pela primeira vez, universidades como Trás-os-Montes e Alto Douro e Évora.
Os cursos mais procurados continuam a ser os da área da saúde. Medicina é o curso com média mais alta ficando o último colocado com 17.9 valores. Segue-se Ciências Farmacêuticas com uma média de 16.68 e Ciências Biomédicas com 16.5. No que diz respeito às restantes ofertas, Filosofia, em regime pós-laboral, teve uma média de acesso de 11.4, Química Medicinal, 11.8, Engenharia Aeronáutica, 14.86, Bioquímica, 14.49, Biotecnologia, 13.95, Ciência Política e Relações Internacionais, 12.9, Ciências da Comunicação, 13.64, Cinema, 13.45, Design de Moda, 12.68, Design Industrial, 11.53, Design Multimédia, 13, Economia, 12, Engenharia Eletromecânica, 11.5, Engenharia Electrotécnica e de Computadores, 11.32, Engenharia Informática, 9.83, Gestão, 13.4, Marketing, 9.5, Optometria – Ciências da Visão, 12.25, Psicologia, 13.98, Sociologia, 10.75, Tecnologias e Sistemas de Informação, 12.3, Arquitectura, 13.58, Bioengenharia, 11.39, Ciências do Desporto, 12.17 e Estudos Portugueses e Espanhóis com 9.7.
Ainda neste sentido, um dos pontos negativos neste concurso foi o facto de não se conseguir ter qualquer aluno para o curso de Engenharia Civil. A formação refletiu a falta de procura de alunos nesta área, em termos nacionais.
Para a segunda fase de acesso ficam agora disponíveis 203 vagas. Engenharia Civil lidera a tabela com as 60 vagas iniciais, aberta para esta fase, seguindo-se Tecnologias e Sistemas de Informação, com 28 lugares por preencher e Engenharia Informática com 25. Engenharia Eletromecânica tem 21 lugares e Filosofia tem 19, já Estudos Portugueses e Espanhóis têm 14 vagas e Química Medicinal 13 lugares disponíveis. A lista termina com os dez lugares disponíveis em Bioengenharia e um em Marketing.

Notícia corrigida dia 12 de Setembro de 2012 às 16.57 horas.