Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
Dinâmicas e Constrangimentos no Espaço Lusófono
Marlyne Eva · quarta, 21 de novembro de 2012 · UBI José Carlos Venâncio, docente do departamento de Sociologia da Universidade da Beira Interior, foi o convidado em mais uma aula aberta do Mestrado em Relações Internacionais, no passado dia 16 de Novembro. |
Apresentação do Mapa Lusófono pelo docente José Carlos Venâncio |
21962 visitas José Carlos Venâncio trouxe como tema de debate as “Dinâmicas e constrangimentos no Espaço Lusófono”. Antropólogo de formação, o orador sempre esteve muito presente no espaço lusófono, e por isso ofereceu aos alunos uma visão ampla da questão proposta. O professor da UBI deu início à sua abordagem com uma breve apresentação do mapa-mundo, onde destacou o mundo lusófono, aquele em que se faz sentir a presença portuguesa. Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Macau, Guiné Equatorial, Cabo Verde e Portugal foram os países apontados. Num mundo em que existem cerca de 280 milhões de falantes da língua portuguesa, a valorização do português foi também referenciada e comprovada com alguns dados estatísticos. A importante questão das dinâmicas deste espaço foram apresentadas e encaradas pelo orador como um “fator positivo a ser potenciado para a aproximação de realidades políticas”. A língua portuguesa foi novamente apontada, mas desta feita como língua de comunicação entre os países referentes a esse mesmo espaço, o que leva à sua aproximação, assim como a sua história em comum e as suas culturas partilhadas. Os tão habituais fluxos migratórios que se fazem sentir nesta comunidade são igualmente um agente potenciador aliados à cooperação e investimentos no comércio. A CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) foi focada por José Carlos Venâncio como sendo o pilar desta união de países, mostrando ser um forte contributo para a dinamização do Espaço Lusófono. Por outro lado, também existem constrangimentos associados a esta agregação de nações. Os ressentimentos decorrentes da relação colonial continuam presentes nas relações de alguns destes países são um exemplo desses constrangimentos. Os compromissos institucionais e as estratégias regionais de cada um podem diferenciar uns dos outros e causar mal-estar, assim como os “recursos financeiros e a falta de vontade política expressa dos líderes de alguns doa países mais significativos da CPLP”, disse José Carlos Venâncio. O orador defende que “há problemas que têm de ser colmatados”, contudo atualmente os países não têm “disponibilidade financeira para uma cooperação sustentável”. Após a apresentação houve também espaço para debate, no qual os alunos estavam a ser avaliados pelas questões realizadas ao orador, no âmbito da unidade curricular do Mestrado em Relações Internacionais que promoveu esta aula aberta. |
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