Uma má preparação física aumenta o risco de lesões durante a prática de esqui ou snowboard. A preparação deve efectuar-se com meses de antecedência através de um programa adequado de treino. Exercícios de aeróbica e step, alongamentos, bicicleta e natação permitem trabalhar os músculos da coxa, ancas e pernas, ajudando na preparação física e esforço posterior deste tipo de desportos.

Actualmente, as lesões mais comuns na prática de esqui situam-se ao nível dos ligamentos do joelho, ao contrário do que se passava há uns anos atrás em que as lesões aconteciam mais ao nível do tornozelo. Albino Sousa, médico ortopedista, associa este facto ao progresso do equipamento “onde é notória a melhoria dos dispositivos de fixação e mudança de altura e qualidade das botas, agora mais rígidas”.

Segundo o médico, as lesões mais frequentes neste tipo de actividades desportivas são “fracturas, luxações ou entorses dos membros craneoencetálicos, vértebro-medulares, torácicos ou abdominais, muitas vezes provocadas com embates a alta velocidade em objectos parados, rochas ou árvores”. Ao nível do snowboard “as lesões provêm de quedas com a mão espalmada, originando fracturas ao nível da escfóide cárpico e do antebraço”. Quanto ao esqui “a laceração do ligamento lateral interno do polegar relacionada com a compressão do dedo na alça do bastão de esquiar” é a lesão mais frequente.

Estudos científicos comprovam que no que diz respeito aos ligamentos dos joelhos o mais atingido é o LCA (Ligamento Cruzado Anterior). As lesõesdos ligamentos colaterais e dos meniscos são também habituais. Fazer aquecimento diário antes da prática de qualquer desporto na neve, seguir o código de segurança das pistas e estar atento aos outros esquiadores, são alguns dos cuidados a ter pelos praticantes destes desportos. Para que destes desportos seja tirado o prazer esperado, “o devido uso e verificação do equipamento em conjunto com o doseamento das capacidades físicas e atléticas” são medidas a tomar pelos praticantes, diz o médico. Adverte que “doentes com limitações do aparelho locomotor, das vias respiratórias e outros problemas só podem praticar estes desportos de modo controlado”.

A doença de altitude e a hipotermiarepresentam riscos acrescidos para quem se quer aventurar na montanha.