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"UBI é essencial no desenvolvimento da região"
Eduardo Alves · quarta, 1 de maio de 2013 · UBI A celebração dos 27 anos de vida da Universidade da Beira Interior (UBI) foi mais um momento de análise de todo o percurso da academia. Um balanço dos últimos tempos tem permitido desenhar as linhas de crescimento futuras. A inauguração do UBI Medical foi um dos pontos altos do dia de festa da instituição. |
A academia assinalou mais um ano de atividades |
21960 visitas Está cumprido mais um aniversário da academia beirã. Um momento que serviu para fazer um balanço dos últimos anos, premiar os melhores alunos e reunir parceiros institucionais. O grande auditório da Faculdade das Ciências da Saúde foi, mais uma vez, o palco deste evento. João Queiroz, reitor da Universidade da Beira Interior, começou a sua intervenção por falar das posições da academia que dirige. Uma instituição que “assume plenamente os seus talentos; reconhece-os e incentiva as suas capacidades transformadoras e multiplicadoras”. Passados 27 anos de existência, “a Universidade da Beira Interior é hoje um dos motores essenciais para o desenvolvimento da região”, sublinha o reitor. Um dos pontos de maior importância avançado por Queiroz diz respeito à situação financeira da instituição de ensino. Nas palavras do principal responsável, “a universidade tem sido bem-sucedida em impulsionar o seu desempenho, evidenciando uma significativa vitalidade em contraciclo com o contexto macroeconómico, demonstrando uma elevada capacidade e propensão para continuamente se renovar de forma criativa e geradora de valor”. Isto porque, apesar das receitas provenientes do orçamento de Estado terem conhecido uma substancial redução, a UBI “tem mantido uma elevada capacidade para criar valor e gerar resultados. Se hoje a UBI é uma instituição que se apresenta económica e financeiramente forte, tal deve-se às políticas seguidas que se suportam nas orientações estratégicas definidas”. Outra das temáticas evidenciadas no discurso de aniversário de João Queiroz diz respeito a um conjunto de pontos implementados nos últimos quatro anos. Trata-se de “uma cultura de qualidade inclusiva e baseada em padrões internacionais; a aprovação de um plano estratégico de médio/longo prazo; o reforço da internacionalização; a maior abertura à comunidade e à sociedade e o aprofundamento entre o ensino e a investigação”. Tal leva a evidência a importância estratégica, sobretudo no panorama regional, da academia. A pensar também nessa finalidade está a última aposta da organização. Em dia de aniversário foi inaugurado o UBI Medical, “uma infraestrutura que agrega e potencia duas das vertentes preponderantes para a universidade: a investigação e o empreendedorismo”. “De tudo quanto foi noticiado a respeito deste projeto estruturante, há um aspeto que importa reter: o UBI Medical está indissociavelmente ligado à importância da universidade na e para a região”, aponta Queiroz. Paquete de Oliveira, presidente do Conselho Geral da academia, foi outro dos intervenientes. Na passada segunda-feira, coordenou a primeira reunião de trabalhos deste órgão onde foram aprovados os relatórios que dizem respeito às atividades e contas de 2012, mas também, ao planeamento para 2013. “Para exercer a minha função vou valer-me da minha experiência ao longo da vida, e a capacidade que vivi na academia”, aponta o recém-eleito responsável pelo CG. O docente e investigador lembra que conhece há muito a academia beirã e “apesar de ser uma universidade com méritos garantidos no panorama universitário português, pensa sempre no seu futuro e na continuidade de novos projetos”. Exemplo disso é o Plano 2020, “com o culto da excelência no ensino e a qualidade do que aqui se ministra, também a estratégia de internacionalização e transferência de conhecimento para a sociedade e para o País”. Pedro Bernardo, presidente da Associação Académica da Universidade da Beira Interior, aproveitou também a data para se dirigir à comunidade académica. Bernardo lembra que se assinalam “27 anos de luta de quem sempre disse não ao fracasso, hoje a UBI assume uma vital importância na região onde está inserida”. O aluno de Engenharia Civil recorreu a Fernando Pessoa para lembra que já o escritor falava do “provincianismo e de quem vive na inconsciência, o princípio da cura está em corrigir esse erro e a UBI tem vindo a corrigir esses mesmos erros e as assimetrias regionais”. Bernardo lembra que é urgente uma maior coesão regional que junte universidades, câmaras, associações e pessoas. A situação económica que o País atravessa não foi esquecida pelo representante dos estudantes. Para o presidente da AAUBI, “em momentos como este o aumento das propinas só pode significar um igual aumento das deficiências e carências sociais”. Isto num já difícil panorama onde os “fatores sócio económicos dos estudantes pesam cada vez mais no quotidiano destes e enfrentam uma ação social débil por teimosia política, com um apoio fraco e deficitário”, aponta Bernardo. |