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Fenprof apoia docentes na Covilhã
Eduardo Alves · quarta, 4 de setembro de 2013 · Região Com largos milhares de docentes a não conseguirem colocação nas escolas, a Federação Nacional de Professores (Fenprof) promoveu várias campanhas de apoio e sensibilização junto a centros do Instituto de Emprego e Formação Profissional. A Covilhã foi uma das cidades a acolher esta iniciativa sindical. |
Muitos professores inscreveram-se no IEFP no início de setembro |
21940 visitas “O ministério da educação e ciência é a grande agência governamental para criar desemprego”. Quem o diz são os responsáveis da Fenprof que denunciam a não colocação de qualquer professor no arranque de mais um ano letivo. Segundo os números avançados pelas estruturas sindicais, cerca de 17 mil docentes ficaram sem emprego no início de setembro. Dulce Pinheiro já leva largos anos de luta sindical, mas a responsável pela Fenprof na área da Cova da Beira sublinha que esta é a primeira vez que o ministério da educação não atribui horários a professores. A entrada do centro de emprego, na Covilhã, foi um dos pontos escolhidos pela Fenprof para prestar apoio aos docentes que não conseguiram colocação e se inscrevem no desemprego e também “para alertar as populações para as mentiras que estão a ser ditas pelos políticos, nomeadamente a de que há professores a mais”. Para Dulce Pinheiro, “tudo isto resulta de um corte de quase mil milhões de euros na educação e no ensino e cerca de 4700 milhões de euros em toda a despesa do Estado”. No entender dos responsáveis sindicais, a situação agora criada pelo ministério tutelado por Nuno Crato “é uma situação dramática em que milhares de professores ficaram sem trabalho. Ainda há seis mil horários para distribuir e não se compreende esta situação”. Dulce Pinheiro garante que no ano letivo 2010/2011 as escolas tinham 36 mil professores contratados, no ano que terminou eram cerca de 15 mil “e prevê-se que em 2013/2014 o número se torne residual”. Sem conseguir avançar dados concretos do distrito de Castelo Branco, uma vez que os concursos têm abrangência nacional, a represente da federação sindical diz que nesta região devem ser “alargas centenas de pessoas qualificadas que ficaram sem emprego”. Para já, os docentes devem requerer, segundo a Fenprof, o subsídio de desemprego e a compensação por caducidade. Dulce Pinheiro espera que nas próximas semanas ainda exista a possibilidade de alguns docentes conseguirem colocações nas escolas. |
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