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AAUBI prepara novo ano
Eduardo Alves · quarta, 4 de setembro de 2013 · UBI A ação social e as propinas são assuntos de relevo no arranque de mais um ano letivo. Pedro Bernardo, presidente da Associação Académica da Universidade da Beira Interior aponta algumas das medidas que vão ser implementadas pela Casa Azul no início do mais um ano de trabalho. |
A associação académica espera um ano complicado em termos de apoios sociais |
21949 visitas A academia vai dar especial atenção ao apoio social aos estudantes da Universidade da Beira Interior. O presidente da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) sublinha que o próximo ano vai ser marcado “pelo auge da crise”. “Este é um ano que requer especial atenção para a área social”, começa por explicar Bernardo. A uma semana de serem conhecidos os resultados do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, o principal responsável pela associação académica lembra que o apoio aos estudantes mais carenciados tem de estar em primeiro lugar no que diz respeito às atividades. Nesse sentido, Bernardo espera “uma maior atenção por parte de toda a comunidade ubiana no detetar de situação que possam ser passíveis de atuação do Fundo de Apoio Social ou outras ajudas”. Para o responsável máximo pela “Casa Azul”, as medidas de austeridade “levam as famílias a passar agora pelo auge da crise socioeconómica e os estudantes sofrem grandes penalizações no seu orçamento”. Com o início de mais um ano letivo, a AAUBI vai promover novamente campanhas de informação sobre as formas de apoio social. Para além das bolsas, também o Fundo de Apoio Social, criado pela academia beirã pode ser uma forma de ajudar os alunos em dificuldade. “As carências económicas, muitas vezes, não são ditas por quem as sofre, mas devem ser analisadas por quem as identifica”, atesta o aluno de Engenharia Civil. Já no que diz respeito às bolsas, todo o processo de atribuição destas ajudas, bem como o número de alunos abrangidos tem sido alvo de forte contestação por parte das associações académicas. A Direção Geral do Ensino Superior é quem tutela e decide nesta matéria, daí que “a nossa grande luta tem sido no caso do regulamento, que muitas vezes se torna exclusivo e não inclusivo dos jovens”. A título de exemplo, Bernardo lembra o caso de alunos que são contemplados com bolsas de ação social, mas depois não podem receber as mesmas porque “um elemento do seu agregado familiar tem dívidas ao fisco”. Outro dos pressupostos que a associação quer ver revisto diz respeito à regra do aproveitamento escolar “que aumentou dos 50 para os 60 por cento, para acesso à bolsa, e isso foi uma das principais causas de não abrangência de bolsa, isto quando o mesmo regulamento prevê um aproveitamento médio no percurso académico de 75 por cento. Ou seja, há uma dupla contabilização do aproveitamento escolar e torna-se injusto para quem estuda e trabalha”. Bernardo lembra que o secretário de Estado da tutela mudou “e as conversações foram retomadas ainda durante o dia de ontem. Das primeiras impressões podemos constatar que existe uma maior abertura para o diálogo com os estudantes e com os representantes académicos, por parte deste novo responsável. Como foi definido no último ENDA as associações estão já no limite da paciência da sua ação. Caso até final de setembro não existam mudanças podem existir outras reivindicações”. Um dos pontos positivos, que Pedro Bernardo lembra diz respeito ao não aumento das propinas. Algo que “em muito se deve à postura da AAUBI, dos seus núcleos e de alguns estudantes eleitos para o Conselho Geral. Desde maio do ano passado, já a prever uma possibilidade de aumento, a AAUBI promoveu uma petição contra o aumento, o sucesso foi conseguido”, atesta. |
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