No âmbito do festival de dança e movimento contemporâneo “ContraDança”, que decorre entre 23 de Outubro e 10 de Novembro, o Teatro Municipal da Covilhã recebeu “Conspurcados”, o mais recente trabalho do BCN.

Foram três os bailarinos que interpretaram a coreografia e prendaram o público com diversos ritmos e imagens físicas. O guarda-roupa, composto por peças recicladas, teve como objetivo emancipar o domínio das aparências.

Susana Otero, bailarina, explica a origem do nome da peça, “Conspurcados" vem de toda a matéria que andam a trabalhar. "O coreógrafo baseou muito do trabalho na ideia do promíscuo, reciclagem, nesta “coisa” de os corpos não serem perfeitos”, refere. Neste espetáculo,  os rádios velhos, em sintonias diferentes, encheram o palco, para "conspurcar o ambiente sonoro, fortalecendo todo o visual da peça”, diz ainda a bailarina, para quem a coreografia em si “não tinha uma mensagem, mas sim várias, diferindo das vivências de quem vê”.

O espetáculo durou cerca de sessenta minutos e contou com público de variadas faixas etárias. Marco Ferreira, espectador, disse ter gostado, ainda que a dança não seja a sua linguagem cénica preferida.