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Congresso estuda avanços da imunologia
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 15 de janeiro de 2014 · UBI Ao longo de três dias, cerca de cinco centenas de estudantes, profissionais e investigadores refletiram sobre o sistema imunológico. Estudos sobre as novas terapias fizeram parte do V Congresso MedUBI. |
O V Congresso MedUBI juntou conferências a workshops onde imperou a análise prática |
21976 visitas Mais de 500 participantes estiveram no congresso dedicado à imunologia, o qual, entre os dias 8 e 10 de janeiro, centrou atenções na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (FCS-UBI). Área transversal na saúde, o V Congresso MedUBI decorreu com o subtítulo “Quando a defesa é o pior Ataque!” e, por isso, produziu análises em torno dos aspectos benéficos, mas igualmente menos bons do sistema imunitário. “O sistema imunitário é fundamental para o nosso organismo e está presente em todas as especialidades médicas. Não me consigo lembrar de uma em que não existam doenças derivadas do seu funcionamento de certa forma excessivo ou deficiente”. O tema de mais um evento do Núcleo de Estudantes de Medicina, em parceria com a FCS-UBI, estava desde logo justificado por Leonor Leão, elemento da organização. E este interesse transversal ficou patente pela afluência de congressistas, sublinhou António Novais, que levou a um recorde de participantes. “No último congresso, estiveram presentes mais de 450 pessoas, agora chegámos às 500”, sublinha outro elemento da equipa de organizadores. Durante os três dias, estudantes da UBI e de escolas ligadas à saúde, juntamente com profissionais – médicos, enfermeiros – e estudantes de ciências farmacêuticas, refletiram sobre a imunologia aplicada à reumatologia, défices imunitários, alergologia e terapêuticas. Mas o congresso não se fez apenas do estado da arte. No último dia do evento, também se falou de avanços nas terapêuticas, no decurso do trabalho de grupos de investigação com base nacional e que contam com colaborações internacionais. No caso das leucemias linfobásticas agudas, um tipo de cancro frequente em crianças e jovens até aos 15 anos, foi mostrado que “se forem controladas determinadas alterações, poderá evitar-se ou pelo menos diminuir a progressão de determinados tipos de tumores”, explica Luís Taborda Barata. Um outro aspecto focado foram inovações no tratamento de alergias. Investigações mostraram que as vacinas tradicionalmente chamadas de dessensibilização podem estar associadas ao desenvolvimento de um tipo de células que “têm uma importância muito grande no tal equilíbrio do sistema imunitário”, acrescenta o presidente da FCS-UBI. Aspectos práticos complementados com os workshops que antecederam os painéis dos últimos dois dias. “Quisemos ter situações do dia-a-dia que se adequassem também ao tema da imunologia”, refere António Novais. A intensão foi colocar os participantes perante circunstâncias que podem encontrar nas unidades de saúde e que apresentam desafios para lá da teoria. No final, a quinta edição do congresso agradou a todos. Luís Taborda Barata fala de um evento que “evoluiu”. Uma progressão vista como “crucial” para o presidente da FCS. |
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