Uma família completamente disfuncional e imoral, um casamento com um cadáver e uma sucessão imensa de mortes são os pontos em que Pedro Wilson, o encenador da obra, se concentra para a produção desta peça. Esta é uma adaptação da peça de Angélica Liddell “Suicídio de Amor por um Defunto Desconhecido”.

Trata-se de um espectáculo inspirado na morte e no povo cigano, e é segundo Pedro Wilson “uma peça que não tem um tipo específico de mensagem. É preciso dar as imagens e que estas transmitam emoções ao público”.

 “Foi uma boa peça, devia ter sido só um pouco mais curta mas estava apelativa, gostei”, confessa Tiago Cieiro, um dos espectadores, no final da representação. Uma peça exigente e que “pede muito sentimento por parte dos atores”, sendo vista por Viviana Aguiar, uma das actrizes, como “um grande desafio, e algo que exige muita concentração para se fazer tudo bem do início ao fim”.

O espectáculo proporcionou muita interação com o público, tratando temas sensíveis como o amor e a morte. “Não só um drama mas apresenta também um lado exagerado e cómico desses temas”, disse Pedro Wilson.