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Financiamento europeu melhora ensino e investigação em Saúde
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 16 de abril de 2014 · UBI Ascende a um milhão o financiamento conseguido pela Faculdade de Ciências da Saúde, depois de uma candidatura ao QREN. |
Para Taborda Barata, o financiamento “é uma lufada de ar fresco para a Faculdade” |
21960 visitas A atualização de equipamentos ligados ao ensino é um dos objetivos da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (FCS-UBI), que dispõe de cerca de um milhão de euros, concedido pelo Programa Operacional Valorização do Território (POVT). Com o financiamento comunitário, os responsáveis pretendem ainda melhorar as condições de investigação, destacando-se a criação de um biobanco e ainda consolidar projetos que aproximem a instituição de ensino da comunidade. “Optamos por fazer com que cerca de 50 por cento do orçamento dessa candidatura fosse dedicada a aprimorar o nosso ensino”, explica Luís Taborda Barata. O presidente da FCS-UBI entende que, depois de quase oito anos de funcionamento, “há uma parte do equipamento para as aulas – computadores e projetores – que é crucial ser renovado”.
Novos equipamentos Contudo, a aplicação do financiamento vai além do que já existe. A aposta da FCS-UBI passa também de consolidar e modernizar algumas áreas. Por exemplo, para a aquisição de uma mesa de disseção anatómica, que tornará a Faculdade “a única do País a ter um equipamento deste género e que será uma das mais-valias”, salienta Luís Taborda Barata. Outras inovações passam por melhorar o laboratório de simulação, “que já é um grande centro e uma referência a nível nacional e até internacional”, acrescenta. No que diz respeito à componente de investigação, procurou-se aprofundar as componentes de investigação que não fossem estritamente ligadas à laboratorial básica. “Quisemos consolidar grandes projetos que também pudessem virar a Faculdade ainda mais para a comunidade”, sublinha o docente, e investigar, acrescentando ser um propósito “alicerçar a ligação com as unidades de saúde e consolidar a investigação na comunidade, no que diz respeito à saúde”. Os instrumentos vão otimizar essa capacidade, permitindo fazer estudos em epidemiologia e saúde comunitária ambiental, entre outras.
Aposta na investigação de translação E, nesta linha de ligação à comunidade, o investimento vai também apostar na chamada investigação de translação, aquela que permite a transferência de conhecimento para unidades de saúde ou empresas. Novamente dentro das portas da FCS-UBI, o investimento comunitário terá em conta o trabalho desenvolvido na Faculdade e CISC – Centro de Investigação em Ciências da Saúde. A criação de um biobanco está também na calha. “Nós queremos ser uma das únicas unidades universitárias a nível nacional que tem um biobanco certificado. E, portanto, parte do orçamento de investigação foi candidatado para termos amostras humanas de todo o tipo, de acordo com as regras legais e de segurança”, explica o responsável. A estrutura terá ainda recolhas ambientais de alguns edifícios, com todos os cuidados em termos de manutenção e preservação. “Aquilo que nós almejamos é termos um centro referenciado que nos permita caraterizar e fazer estudos de grande vulto na comunidade”, acrescenta.
Recursos difíceis de conseguir no Interior “Lufada de ar fresco para a Faculdade”, avalia Luís Taborda Barata o financiamento, tido como um montante “elevado”, mas que vem colmatar as dificuldades permanentes. Uma delas, a própria localização geográfica da FCS-UBI, onde estudam cerca de 1900 alunos. “Procuramos ter o máximo de qualidade e excelência. E posso garantir que isto depende do esforço, muitas vezes quase sobre-humano, de todas as pessoas que aqui trabalham. Este é um País que esquece o Interior e temos muitas dificuldades de financiamento, em comparação com outras unidades similares à nossa. Aqui, tudo é muito mais difícil de conseguir”, conclui Luís Taborda Barata. |
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