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Como a gaivota, somos livres de dizer
Solange Monteiro · quarta, 30 de abril de 2014 · Continuado Exposição alusiva à revolução dos cravos, música de intervenção, declamação de poesia e homenagem aos presos políticos do concelho preencheram a comemoração dos 40 anos do derrube da ditadura em Portugal. |
O salão do GER Campos Melo encheu para comemorar o 25 de Abril |
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O evento começou com uma exposição sobre o 25 de Abril e prolongou-se pela noite dentro com vários momentos musicais e recitação de poesia, alternando com outros acontecimentos, como a narração de testemunhos de pessoas que lutaram e resistiram para que o 25 de Abril fosse possível.
Um desses testemunhos foi o de Alberto Oliveira, presente no evento. Um homem que viveu quase 30 anos no sindicalismo, antes e depois do 25 de Abril, e que foi testemunha de defesa dos últimos seis presos políticos do Tortosendo. No seu testemunho, o Sr. Alberto discursou sobre uma parte da sua vida e contou que durante quatro anos, em conjunto com alguns companheiros, “andaram a dar 25 tostões por semana às famílias dos presos políticos dos anos 60 do Tortosendo”.
No sarau foi ainda feita uma homenagem aos presos políticos do concelho. Um desses homens foi António José Pinho, preso em 1963 e 1968. António Pinho deu o seu testemunho: “Não há melhor causa do que a democracia". Também protagonizou o primeiro momento de declamação de poesia e introduziu a música “Somos livres (Uma Gaivota Voava, Voava) ” de Ermelinda Duarte, um dos vários momentos musicais.
Presente nestas comemorações, esteve o Coronel Mário Tomé, um capitão de Abril, que representa “um dos homens valentes e enérgicos que foram capazes de derrubar uma ditadura opressora, indigna, que vitimou milhares de pessoas inocentes”, como afirmou Alberto Oliveira.
O 25 de Abril foi “a desobediência dos capitães contra a hierarquia. Os capitães tornaram-se os generais”, declarou o coronel. Esse dia foi “a explosão de uma tensão que existia” e estava confiante que o movimento das forças armadas iria triunfar, assegurou o Coronel Mário Tomé. Quarenta anos depois, e com a situação política existente, Mário Tomé afirma que a mesma “nos está a levar para a desgraça”.
No final do sarau cultural foi homenageado o músico Zeca Afonso e todos os presentes cantaram a uma só voz “Grândola, Vila Morena”.
O evento foi organizado pela Comissão Cívica do 25 de Abril em parceria com o GER Campos Melo.
“Abril ainda está por cumprir, vai-se cumprindo”. Foi com esta frase que Vítor Pereira, Presidente da Câmara Municipal da Covilhã, deu início ao sarau cultural em comemoração do 25 de Abril no Grupo Educação e Recreio (GER) Campos Melo, na passada quarta-feira.
O evento começou com uma exposição sobre o 25 de Abril e prolongou-se pela noite dentro com vários momentos musicais e recitação de poesia, alternando com outros acontecimentos, como a narração de testemunhos de pessoas que lutaram e resistiram para que o 25 de Abril fosse possível.
Um desses testemunhos foi o de Alberto Oliveira, presente no evento. Um homem que viveu quase 30 anos no sindicalismo, antes e depois do 25 de Abril, e que foi testemunha de defesa dos últimos seis presos políticos do Tortosendo. No seu testemunho, o Sr. Alberto discursou sobre uma parte da sua vida e contou que durante quatro anos, em conjunto com alguns companheiros, “andaram a dar 25 tostões por semana às famílias dos presos políticos dos anos 60 do Tortosendo”.
No sarau foi ainda feita uma homenagem aos presos políticos do concelho. Um desses homens foi António José Pinho, preso em 1963 e 1968. António Pinho deu o seu testemunho: “Não há melhor causa do que a democracia". Também protagonizou o primeiro momento de declamação de poesia e introduziu a música “Somos livres (Uma Gaivota Voava, Voava) ” de Ermelinda Duarte, um dos vários momentos musicais.
Presente nestas comemorações, esteve o Coronel Mário Tomé, um capitão de Abril, que representa “um dos homens valentes e enérgicos que foram capazes de derrubar uma ditadura opressora, indigna, que vitimou milhares de pessoas inocentes”, como afirmou Alberto Oliveira.
O 25 de Abril foi “a desobediência dos capitães contra a hierarquia. Os capitães tornaram-se os generais”, declarou o coronel. Esse dia foi “a explosão de uma tensão que existia” e estava confiante que o movimento das forças armadas iria triunfar, assegurou o Coronel Mário Tomé. Quarenta anos depois, e com a situação política existente, Mário Tomé afirma que a mesma “nos está a levar para a desgraça”.
No final do sarau cultural foi homenageado o músico Zeca Afonso e todos os presentes cantaram a uma só voz “Grândola, Vila Morena”.
O evento foi organizado pela Comissão Cívica do 25 de Abril em parceria com o GER Campos Melo.
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