Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
Principais Castas da Região da Beira Interior
Cristiana Borges · quarta, 19 de novembro de 2014 · Continuado
|
21994 visitas Síria – Encontra-se um pouco por todo o interior do país, alongando-se numa faixa estreita de Norte a Sul, sempre junto à raia espanhola. É uma casta produtiva, de cachos e bagos pequenos. Tem tendência para oxidar rapidamente, perdendo a exuberância aromática inicial e obrigando a um consumo rápido. As terras altas e frescas das Beiras são-lhe mais favoráveis que o calor do Ribatejo e do Alentejo, ganhando uma dimensão particular na zona de Pinhel, região de excelência da casta. É entusiasmante nos aromas primários, oferecendo apontamentos de laranja e limão, sugestões de pêssego, melão, loureiro e flores silvestres. FonteCal – É originária da Beira Interior, Pinhel. É uma casta medianamente produtiva, de maturação tardia e com grande vigor vegetativo. Os seus cachos sãoo médios e muito compactos, com bagos verde-amarelados que proporcionam vinhos de graduações alcoólicas elevadas. Oss vinhos provenientes desta casta são de composição densa mas com pouca acidez, neles dominam os aromas florais e frutados. Touriga Nacional – É a casta mais elogiada em Portugal e está disseminada pelo Alentejo, Lisboa, Bairrada, Setúbal, Tejo, Algarve e Açores. As uvas são de pele grossa e ricas em matéria corante, o que ajuda a obter cores intensas e profundas. A abundância dos aromas primários florais e frutados, sempre intensos e explosivos é uma das características dos vinhos que dela provêm. É uma casta pouco produtiva, no entanto produz vinhos equilibrados, com boas graduações alcoólicas e uma excelente capacidade de envelhecimento. Trincadeira – O Alentejo e Douro são as regiões onde tem mais popularidade. É uma casta difícil, especialmente vigorosa, que necessita de cuidados extremos no controle da produção. Os cachos são médios, muito compactos e extremamente sensíveis às doenças e à podridão. Encontra-se bem adaptada ao clima seco do Alentejo e a algumas zonas do Ribatejo, regiões onde frutifica exemplarmente. Os aromas que produz são tendencialmente florais, mais vegetais quando a maturação é deficiente, ricos em cor e acidez, ligeiramente alcoólicos e com boas condições para envelhecer. Jaen – É no Dão que a casta se encontra melhor representada. Vigorosa, de maturação precoce, com pouca acidez natural, a Jaen apresenta algumas deficiências na extração de cor. É uma variedade levemente rústica, que proporciona vinhos macios e sedosos, aguados e acídulos, de baixo grau alcoólico. Em relação aos sabores, desta casta surgem vinhos perfumados e vigorosos nas notas aromáticas de amora, mirtilo e cereja. |
Palavras-chave/Tags:
|