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Mestrado de Jogos desenvolve quatro projetos para o mercado
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 25 de fevereiro de 2015 · UBI Os alunos do G3Dmaster estão a desenvolver aplicações que, no final do semestre, têm de estar disponíveis para o público. |
Os projetos foram apresentados e discutidos na quarta-feira, dia 12 |
21967 visitas São quatro os projetos de jogos ou aplicações que estão a ser desenvolvidos por alunos do G3Dmaster – Mestrado em Design e Desenvolvimento de Jogos, que funciona pela primeira vez este ano na Universidade da Beira Interior (UBI). Durante a primeira reunião de apresentação de propostas dos alunos, há duas semanas, foram conhecidas ideias que, no final do semestre, terão de estar disponíveis para o público. Trabalhos que vão ser desenvolvidas naquilo que o responsável pelo curso, Ernesto Vilar, chama de verdadeira “fábrica de Jogos”, o laboratório do G3Dmaster que está já a ser montado na UBI. Os trabalhos preparados no primeiro semestre prevêm a criação de uma aplicação que pretende melhorar o ensino da música, há um projeto social destinado a aumentar a responsabilidade de elementos de bairros carenciados, outra equipa está a fazer um jogo de entretenimento e, por último, estuda-se uma aplicação que irá ludificar peças jornalísticas. Ou seja, através de um jogo é transmitida a notícia. No final do semestre, estes projeto têm de ser disponibilizados para o público. “Podem não ser os finais, mas têm de estar funcionais e atingir os requisitos mínimos para que a Apple Store, a Android e a Microsoft aceitem a sua publicação”, salienta Ernesto Vilar. O docente considera, de resto que “são promissores e com pernas para andar, no âmbito de pequenas empresas, que é o objetivo do curso”. O G3Dmaster nasceu com essa vertente de incentivo ao empreendedorismo e de ligação a projetos empresariais que já existem. Algumas delas têm acompanhado de perto o mestrado. André Neves, docente brasileiro que colaborou com a criação do curso, vai estar na UBI ao longo deste semestre a lecionar uma unidade e vê nesta formação uma oportunidade “num mercado novo que está a crescer todos os dias”. Um setor que “pode criar localmente e vender mundialmente”. Por isso, “é uma alternativa muito interessante” para uma universidade como a UBI, diz. Estas empresas podem ser “equipas pequenas, com investimento reduzido e um retorno muito grande”, explica André Neves, que considera, ainda assim, que proveitos milionários podem ser “uma lotaria”, mas os bons projetos podem criar “um faturamento suficiente para uma equipa viver bem”. O crescimento do mercado de jogos eletrónicos não será alheio o crescimento da utilização massiva de dispositivos digitais e novas aplicabilidades. Na UBI trabalha-se em torno da melhoria do ensino, nomeadamente na Faculdade de Ciência da Saúde, mas há mais aplicações possíveis, em termos mais gerais. “O lazer continua a fazer parte dos jogos”, explica André Neves. E mesmo os jogos que são aplicados para a educação ou para melhorar a saúde, “que aparecem cada vez mais, precisam desse fator diversão”, acrescenta. “Uma aplicação para a saúde que estimule crianças obesas a perder peso, tem de ser muito divertida para que o utilizador queira fazer exercício e se divirta a perder peso. Um jogo para idosos que estão em recuperação de um problema de saúde, e já trabalhei com alguns, também têm carga de diversão, de competição, que por trás têm uma segunda intenção que é a de fazer a atividade melhor”, conclui o docente. |
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