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Avemus mai'um batismo
Raquel Lucas e Maria Inês Valente · quarta, 21 de outubro de 2015 · UBI Passado um mês de praxe, onde o cansaço de quem praxa e de quem é praxado já dá sinais, chegou o dia mais aguardado pelos novos alunos da Universidade da Beira Interior: o batismo |
Figura 1 – Caloiros a serem batizados pelo Imperatorum |
21980 visitas Os caloiros dos 29 cursos da UBI tinham encontro marcado às 14h no Anfiteatro Mártir in Colo, ao fundo do Jardim da Goldra: a recompensa por todas as horas de praxe estava para chegar. Os novos alunos transportam garrafões de água e pacotes de farinha com os quais vão ser batizados. À hora marcada organizam-se em grupos de 15, dirigem-se ao Imperatorum, órgão máximo da praxe da universidade beirã, e gritam os nomes que os alunos mais velhos lhes deram, enquanto o Imperatorum lhes cobre a cabeça com farinha e os batiza com água, dizendo “Avemus Praxis”. Oficializa-se, assim, a entrada dos novos alunos na família ubiana. Os caloiros sentem-se orgulhosos por terem chegado a esta etapa da sua vida universitária. “Apesar de todos os obstáculos que ultrapassámos e das praxes que passámos é bom conseguirmos alcançar este objetivo que é o batismo”, diz a caloira Ângela Pais, do curso de Ciência da Comunicação. Depois do batismo do Imperatorum, os caloiros apresentaram as músicas, os teatros e as coreografias que prepararam para o Fórum Veteranum, com o objetivo de ganhar o melhor lugar na Latada. Em ambiente de grande euforia, satisfação e união, mas também algum nervosismo, os caloiros passaram ao último momento deste dia: o batismo de curso. No final, a tradição manda que os caloiros mergulhem nas fontes e lagos da cidade, e se juntem a eles os praxantes. Inês Maria, caloira do curso de Ciências Farmacêuticas, gostou do batismo do Imperatorum e de todo o espírito de união que se fez sentir. “A parte do batismo de curso era dispensável, apesar de ter sido melhor do que aquilo que eu estava à espera”, acrescenta. Apesar dos odores, muitos foram os familiares que vieram de longe para assistirem a este momento. “Apesar de não poder fazer nada, sempre pensei que fosse pior e sinceramente a mim não me cheirou a nada”, disse Rosa Maria, de Vila Nova da Barquinha, mãe de uma caloira. À noite, foram revelados os resultados do batismo com a respetiva ordem do cortejo na Latada, onde Medicina irá ocupar o primeiro lugar. |
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