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Cosplay: a arte de representar personagens fictícias
João Alves Correia · quarta, 7 de dezembro de 2016 · Continuado Juntamente com outras formas de expressão neo-artística, o cosplay já é considerado uma arte pelos seus praticantes |
Cosplay da personagem Skull Kid, da saga de jogos de vídeo Legend of Zelda (foto de Felix works) |
21961 visitas Cowboy Bebop, Bleach, Fullmetal Alchemist, Akira, Ghost in the Shell, Naruto. Estas são apenas seis das 14.289 séries de animação japonesa, ou anime, registadas em 2012. Este tipo de animação, antes restrita ao seu país de origem, o Japão, popularizou-se à escala mundial com o boom da Internet. A massificação desta nova arte trouxe ainda consigo uma outra menos explorada: cosplay. Embora o primeiro registo de cosplay remonte ao final da década de 30 do século passado, só recentemente começou a ganhar expressão um pouco por todo o mundo. Este passatempo consiste em representar o mais fielmente possível heróis, anti-heróis ou até vilões, tanto de séries de animação como de banda desenhada e filmes de animação ou outros. Ao contrário do que possa parecer, é um movimento lúdico que encontra adeptos em diversas faixas etárias, especialmente entre os 10 e os 30 anos de idade. É uma atividade que exige muita dedicação, tempo, alguma habilidade em artes visuais, algum dinheiro e, acima de tudo, imaginação e gosto pela representação. Devido ao facto de os cosplayers serem geralmente os responsáveis pela criação dos seus fatos e adereços, é uma arte bem-vista pelos pais das camadas mais jovens, o que favorece o rápido crescimento do tema. Existem em todo o mundo comunidades de cosplayers que geralmente se juntam em convenções de comics e filmes de animação para celebrar esta tendência. Os materiais mais comuns para a elaboração dos conjuntos são cartão, espuma EVA, madeira de balsa, esferovite, látex, sprays e tintas e tecidos de todas as qualidades e feitios. O tempo de criação de cada peça varia de acordo com um conjunto de fatores como experiência, materiais disponíveis e planificação. Outros materiais como metais, couro e vidro também são utilizados, embora numa esfera mais elevada. Existem ainda profissionais e semiprofissionais que se dedicam à criação de fantasias e adereços para venda. Um conjunto de fato e adereços de cosplay pode começar nos 50 euros e ascender a mais de 1000 dependendo dos materiais utilizados e horas de trabalho realizado. |
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