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Dia da Mulher para derrubar muros
Márcia Soares · quarta, 15 de mar?o de 2017 · A CooLabora promoveu uma iniciativa onde as pessoas foram convidadas a construir um muro que representava, de forma simbólica, os obstáculos existentes à igualdade de géneros. A actividade decorreu em frente à Câmara Municipal da Covilhã, como forma de celebração do Dia Internacional da Mulher. |
Dia Internacional da Mulher |
21972 visitas O dia 08 de Março é comemorado pelas Nações Unidas como dia Internacional da Mulher, desde 1975. Este dia é o resultado das lutas feministas por melhores condições de trabalho e de direitos sociais e políticos, tal como o direito ao voto. Remonta a um incêndio numa fábrica de tecidos, em Nova Iorque, onde os seus trabalhadores (na maioria mulheres) morreram queimados por falta de condições. O episódio provocou várias mudanças nas leis trabalhistas e de segurança no trabalho. Como forma de celebração, a CooLabora realizou uma performance colaborativa que apelava à escrita de frases, em caixas de cartão, que iam sendo colocadas estrategicamente de maneira a formar um muro. O muro representava simbolicamente a desigualdade entre homens e mulheres: as diferenças salariais, a fraca representação de mulheres nos cargos de decisão, entre outros. “Queremos destruir os muros da indiferença”, “Mulheres ao poder”, “Dedicamos mais 14 horas por semana ao trabalho não pago”, “Quantas mulheres à frente de autarquias?”, eram algumas das frases que se podiam ler. Para Graça Rojão, membro da CooLabora, há ainda um longo caminho a percorrer na busca desta igualdade. "Vivemos num país que está nos piores lugares do índice europeu em termos de igualdade de géneros, num país onde as mulheres, apesar de terem um nível médio de habilitações, têm remunerações 20% inferiores às dos homens e se, por exemplo, olharmos para os números das mulheres em frente às autarquias, em 308 temos 23", explica. Considera que é fundamental continuar a assinalar-se este dia pelo facto de ainda haver "muitas coisas para fazer”, tendo em conta que “as conquistas que já foram feitas, nos últimos 40 anos, não estão completamente seguras, e é preciso lutar por elas todos os dias”. A actividade decorreu de forma tranquila. Os adultos e crianças presentes mostraram-se participativos no evento, escrevendo frases que retratassem a desigualdade de géneros que ainda se verifica em alguns casos. Com o intuito de sensibilizar as pessoas para a mudança, a CoolaBora, em parceria com outras entidades, organizou também nessa noite um debate sobre o tema na Biblioteca Café-Concerto. |
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