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Estratégia nacional para o Turismo 2027 e o interior
José R. Pires Manso · quarta, 4 de outubro de 2017 · UBI A execução de uma estratégia nacional para o turismo militar e o alargamento a todo o país do programa de ciclismo e passeios a pé no Algarve são medidas da Estratégia para o Turismo 2027. Esta resolução foi hoje publicada em DR. Apreciando com cuidado o diploma alguma coisa se pode depreender no que diz respeito ao seu alargamento ao interior do país, como a inclusão de rotas como a das aldeias históricas, das aldeias de xisto, das aldeias de montanha, das terras com castelo, das terras da raia, cidades com história, judiarias… |
José R. Pires Manso é Professor Catedrático da UBI, Economista e responsável do Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social |
21969 visitas Esta resolução do Conselho de Ministros, hoje publicada em Diário da República (DR), foi aprovada na reunião do CM da passada quinta-feira. Entra em vigor na próxima quinta-feira. Segundo o Governo, a estratégia hoje publicada pretende proporcionar um quadro de referência estratégico para o turismo nacional, num horizonte de 10 anos. Pretende ainda, assegurar a estabilidade e assumir compromissos quanto às opções estratégicas para o turismo nacional, promover a integração das políticas setoriais, gerar uma contínua articulação entre os vários agentes e agir com sentido estratégico no presente e no curto/médio prazo. Uma das metas da Estratégia do Turismo 2027 é conseguir 80 milhões de dormidas, o que se traduz num aumento de 31 milhões dormidas entre este ano e 2027, com uma taxa de variação média anual de 4,2%. No que diz respeito a receitas turísticas, é a intenção é crescer 14 mil milhões de euros até 2027. O Governo pretende ainda aumentar as qualificações dos trabalhadores na atividade turística, através da duplicação de 30% para 60% do nível de habilitações do ensino secundário e pós-secundário no turismo. Pretende ainda ter turismo durante todo o ano e reduzir o índice de sazonalidade de 37,5% para 33,5%. Para o conseguir está previsto alargar a todo o país o projeto piloto 'Cycling and Walking' da região do Algarve, além de investir nos Caminhos de Fátima, Caminhos de Santiago e na rede de Turismo Militar. Para além dos bons resultados, o Governo garante que o turismo tem que se afirmar cada vez mais como uma atividade sustentável ao longo do ano e ao longo do território, que valorize os recursos naturais de que Portugal dispõe e que contribua para a criação de emprego e de riqueza e para a promoção da coesão territorial e social. A resolução aprovada pelo Governo definiu como mercados estratégicos a Espanha, Alemanha, Reino Unido, França, Brasil, Holanda, Irlanda e Escandinávia. Na lista de "mercados de aposta" da estratégia contam os Estados Unidos da América, China e Índia, enquanto são classificados como "mercados de crescimento" a Itália, Bélgica, Suíça, Áustria, Polónia, Rússia, Canadá. Por último, o Governo define ainda sete "mercados de atuação seletiva": Japão, Austrália, Singapura, Coreia do Sul, Índia, Israel e países da Península Arábica. Da estratégia nacional às estratégias regionais e locais do Interior Com especial interesse para o interior a Resolução do Conselho de Ministros, elenca algumas medidas como (i) a revitalização e dinamização económica de aldeias e centros rurais com vocação turística está também prevista na estratégia, que aposta nas redes temáticas e nos recursos endógenos dos territórios, como as Aldeias de Xisto, as Aldeias Históricas e as Aldeias Vinhateiras, (ii) a realização de ações de valorização turística e de promoção dos lagos e águas interiores, rios, albufeiras, nascentes e águas/estâncias termais ficam prometidas e (iii) a disponibilização de rede wi-fi (sem fios) gratuita nos centros históricos, por forma a melhorar a experiência de usufruto do património nacional. Do que se disse se depreende que a estratégia nacional dirigida às regiões do interior passa, entre outras, pelas seguintes ações:
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