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Afinal, isto é, ou não é um Cachimbo?
Alexandre Dionísio e Emanuel Brasil e Carolina Duro e Rodrigo Gonçalves · quarta, 27 de mar?o de 2019 · Continuado O Anfiteatro das Sessões Solenes da UBI abriu portas para receber o 23º Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior organizado pelo TeatrUBI e o grupo ASTA. Dia 20 de março foi a vez do espetáculo “Isto é um Cachimbo” de A. Branco baseado numa pintura de Rene Magritte “Ce n’est pas une pipe”. |
Fc-Acto - Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa |
21973 visitas A encenação “Isto é um Cachimbo” teve início às 21h30, com uma sala quase lotada. Marcando a diferença por apresentar um espetáculo baseado em imagens e sem falas, a encenação traz toda uma história baseada na obra de Magritte, “A ideia para este espetáculo vem da traição das imagens que foi o nosso foco, porque o quadro completa 90 anos”, explica o encenador A. Branco. Os vídeos são parte fulcral da peça, que vão desvendando pouco a pouco a mensagem de toda a encenação, proporcionando um clima de surpresa ao público “O vídeo onde o Leicester City é campeão e está lá o Andrea Bocelli a cantar é o primeiro, porque me pareceu muito interessante o facto de ele estar a cantar e não estar a ver nada do que se está a passar, está apenas a ouvir o festejo que está à sua volta.” A estrutura que A. Branco usa permitiu ir construindo à volta da traição das imagens todo um mundo onde nem sempre tudo é aquilo que se está a ver. Apenas interessa a questão de “isto é ou não é real?” mas também a forma como a informação chega junto do público, como refere o encenador. “Há uma série de informações que passa, objetos, auscultadores, até a veracidade da voz que passa nos vídeos, ninguém sabe se é ou não a dos atores.”, complementa o encenador. “Isto é um Cachimbo” é uma encenação feita de raiz que não se foca nas personagens, mas sim a partir de materiais dramáticos, o que a tornaram num verdadeiro desafio, “o aqui e o agora de que hoje de manhã ainda não tínhamos vídeos entusiasma-me. Gosto da ideia do ainda faltam coisas e já faço disto um processo”, diz ainda o encenador. A tecnologia foi um aspeto recorrente durante o espetáculo, desde o uso de imagens e vídeos até telemóveis que foram bastante utilizados para cativar a atenção do público, “Uma coisa era certa, eu tinha a certeza que queria utilizar os telemóveis de forma a simular que estávamos a comunicar e a enviar mensagens”, refere A. Branco. A encenação foi trazida pelo Fc-Acto – Grupo de Teatro da Faculdade De Ciências da Universidade de Lisboa, contando com sete interpretantes e produzida pela AEFCL (Associação dos Estudantes da Faculdade de Ciências de Lisboa). O Festival de Teatro Universitário da Universidade da Beira Interior decorreu entre os dias 14 a 23 de março contando com diversos grupos de teatro a nível nacional e internacional, assim como o público universitário e também da cidade neve. |
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