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A Bela Verdade estreia com sala de espetáculos cheia
Ana Margarida Silva · quarta, 16 de outubro de 2019 · Esta é a 104ª produção do Teatro das Beiras. |
Atores em cena na estreia da peça. Créditos: Ovelha Eléctrica e Teatro das Beiras |
22015 visitas O mundo do teatro a ser representado a si mesmo foi um dos pilares da estreia da peça de teatro A Bela Verdade no passado dia 10 de outubro. O momento foi proporcionado pelo Teatro das Beiras e teve como encenador Gil Salgueiro Nave e a interpretação esteve ao cargo de Fernando Ladeira, Hâmbar de Sousa, Inês Barros, Roberto Jácome, Sílvia Morais, Susana Gouveia e Tiago Moreira. O texto da Bela Verdade tem como autor original Carlo Goldoni que é considerado como um dos principais reformadores do teatro italiano e nesta obra literária a narrativa centra-se na história de um escritor que tem que criar o argumento de uma peça de teatro e o autor acaba por ter que interagir com os vários elementos da companhia. O Teatro das Beiras teve casa cheia para acolher a estreia da nova peça, esta que é a quarta vez que o grupo da Covilhã se baseia num trabalho de Carlo Goldoni. A espetadora Rosa Maria Carreira apreciou o facto de a história representada mostrar como é o ambiente vivido no mundo do teatro. Rosa Maria Carreira admira este tipo de arte porque “eu tenho os atores à minha frente a representar para mim e sinto-me grata por alguém se dar a esse trabalho”. O encenador da peça A Bela Verdade, Gil Salgueiro Nave, explicou porque é que optaram por criar uma banda sonora em vez de utilizar a original chegando a admitir que “as música originais remetem para um exercício estético que hoje não nos seduz, remeteria para um estilo-prático que não quisemos seguir. Tivemos a vontade de olhar a peça não com uma perspetiva de reconstituição arqueológica, e a música era um dos aspetos a partir do qual podíamos deixar uma marca de contemporaneidade.” O responsável pela parte sonora, Hélder Filipe Gonçalves, admitiu que gostou de trabalhar com o elenco. “Fiquei muito satisfeito com o timbre das vozes, com o tipo de expressividade que têm e a interpretação que deram às canções”. Para Hâmbar de Sousa, ator da peça, a Bela Verdade é um reflexo do seu trabalho e dos costumes do teatro e admite que é surpreendente “como o autor conseguiu abordar a vida detrás dos bastidores, algo que o público não conhece.” A peça encontra-se em cena até ao dia 19 de outubro. |
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