O Teatro das Beiras contou com mais uma edição do Festival de Teatro da Covilhã, desta vez com as limitações inerentes ao Covid-19. Fernando Sena, o diretor artístico do Teatro das Beiras, destacou que «a sala ficou com metade da lotação, todos os dias é feita a desinfeção do espaço e há a obrigação das pessoas usarem a máscara, portanto cumprindo sempre as diretivas da DGS».

A peça de teatro “Germinação” conta com o texto de Abel Neves, a encenação de Paulo Duarte e a interpretação de Abel Duarte e Dóris Marcos. O espetáculo, destinado a crianças a partir dos 6 anos, remete para uma comparação entre o nascimento de uma planta e o nascimento de um país. Segundo Paulo Duarte, encenador da peça, este espetáculo foca-se «na ideia de falar sobre a germinação de algo, pode ser de uma planta ou pode ser de uma nação» e tem como objetivo principal «alertar as pessoas da responsabilidade de tratar, pois para fazer germinar uma planta é preciso colocar a semente e cuidar dela, e no caso de um país, também é preciso cuidar dele». É de salientar que este espetáculo foi criado para ser apresentado em contexto escolar, nas salas de aula, sendo assim direcionado para o público infantojuvenil. Paulo Duarte explica ainda que esta aposta no público mais jovem deve-se ao facto de pretenderem transmitir que «cada um tem um papel muito importante no mundo».

O Festival de Teatro da Covilhã, que decorreu de 27 de setembro a 3 de outubro, segue sempre com o objetivo de «mostrar o trabalho de outras companhias, para que o público possa ter conhecimento dessas produções de dezenas e dezenas de companhias que, entretanto, passaram pelo Festival». Mesmo com a lotação reduzida, este espectáculo foi muito apreciado pela generalidade do público presente.