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Atlas Visual da Covilhã convida à participação dos covilhanenses
Beatriz Correia · quarta, 14 de abril de 2021 · No seguimento da candidatura da Covilhã a Cidade Criativa da UNESCO em Design, está a ser criado um Atlas Visual de imagens representativas da região e da sua população, relacionadas com Artes, Criatividade, Design e Inovação. |
Identidade visual do projeto. fonte: covilhacriativa.com |
21979 visitas Francisco Paiva, Diretor Executivo da Candidatura, explica como surgiu esta ideia: “O Atlas Visual da Covilhã Criativa é uma iniciativa da candidatura da Covilhã a cidade criativa da UNESCO na área do design e estamos a desenvolver várias estratégias para envolver a comunidade. Pareceu-nos que um dos eixos mais importantes seria a criação de uma espécie de um arquivo de forma participada em que as pessoas com alguma ligação à cidade pudessem enviar contributos que (…) nós não conhecemos e que permitam estabelecer um imaginário relacionado com esta região e sempre com a tónica na criatividade. Podem ser fotografias, gravuras, desenhos, pinturas, que de certa forma documentem a ligação entre este território e as suas comunidades, com a criatividade em geral e o design em particular.” Paiva conta que, como não existe nenhuma Cidade Criativa em Design em Portugal, a ideia é que através do Atlas se possa perceber, também, de que modo é que as pessoas nesta região entendem a sua própria criatividade, as artes em geral e o design em particular. O Diretor Executivo do projeto realça a importância da participação dos covilhanenses no Atlas Visual, visto que a integração da população nas atividades é um dos propósitos da candidatura. “Um dos pressupostos da candidatura da Covilhã é a integração e o desenvolvimento das várias comunidades e grupos que a constituem, sejam eles maioritários ou minoritários. Através desta iniciativa do Atlas Visual, nós achamos que as próprias comunidades e as pessoas em particular poderão também contribuir para a representação do seu ponto de vista e do modo como vivem e habitam e como vivem estas questões a partir de um ponto de vista muito particular. A construção deste arquivo é colaborativa, mas também exige uma certa mobilização por parte das pessoas, tornando-se diferente de um atlas que fosse criado por uma equipa que fizesse essa escolha de material. Assim, funciona como um apelo a que as pessoas contribuam para construir este grande corpus que pode ser o nosso imaginário da Covilhã Criativa.” Falando mais concretamente sobre a candidatura da Covilhã a Cidade Criativa da UNESCO em Design, Francisco Paiva explica qual a mensagem que se pretende passar com este processo: “A candidatura é um domínio muito mais vasto do que o Atlas. Tem um horizonte cronológico inicial de quatro anos e tem um plano de ação que é constituído por atividades, intitulado ‘Covilhã Cidade do Design’ que tem uma programação de quatro anos e seis planos setoriais. Os planos de ação pretendem pôr a Covilhã em relação com vários domínios do design, tais como: o design e o território, design têxtil e de moda, design na indústria e artesanato, o design no diálogo que estabelece com as outras artes, o design e a cidadania e a educação para o design. A estes setores, adicionam-se as questões ligadas à cidade, como a mobilidade, a energia, ao ambiente, ao conforto e à própria representação e desempenho que tem no espaço público, seja em casa ou na rua, ao nível da sinalética, das acessibilidades, toda uma panóplia de temas que a programação especializada vai cobrir com atividades, algumas dirigidas a grupos especializados e outras ao grande público, como foi o caso do Atlas.” O responsável, que também é docente na UBI, explica que existe uma relação que se formou entre a Universidade e a Autarquia, para a realização deste projeto. “A candidatura não é uma candidatura académica e não é uma candidatura exclusiva do Município. É uma candidatura da cidade e que deve envolver as suas forças vivas. Numa cidade de 30 mil habitantes, onde a Universidade representa mais de oito mil pessoas, há uma grande proporção de pessoas que vivem na Covilhã e que, de forma direta ou indireta, têm relação com a universidade.” O Professor realça ainda que o facto de a Universidade da Beira Interior ter uma oferta muito significativa na área do Design, “uma das melhores do país”, ajudou a potenciar ainda mais a criação do protocolo entre a UBI e a Câmara Municipal. O Atlas vai estar aberto em permanência e a ideia é que periodicamente, se possa revelar, editar e publicar numa plataforma as imagens que são enviadas para o projeto, de forma também a poderem devolver aos participantes essa visibilidade para eles também poderem perceber o que as outras pessoas enviaram e construir este “mosaico” a partir dos pontos de vista das pessoas, como explicou Francisco Paiva. Quem quiser participar na construção deste Atlas Visual, poderá enviar os seus contributos para geral@covilhacriativa.com.
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