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"El Jardín de Valentín" estreia na Covilhã
Beatriz Jordão · quarta, 17 de novembro de 2021 · Cultura O Tranvía Teatro estreou a peça "El Jardín de Valentín" no Teatro das Beiras, pelas 21h30 do dia 9 de novembro, no âmbito do programa do habitual Festival de Teatro da Covilhã. |
A peça foi interpretada por Javier Anós, Daniel Martos e Natalia Gomara. Créditos: Juan Moreno |
21997 visitas "El Jardín de Valentín" «é uma peça que remete para um período importante da história da Europa, entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial. É o que se costuma chamar de teatro do absurdo, um teatro de humor, mas que não tem uma linha sequencial, não trata nenhum assunto que tenha um desfecho. É um teatro especial, porque pretende simplesmente que o público se questione sobre coisas importantes com humor», explica o diretor adjunto da Companhia Tranvía Teatro, Fernando Vallejo. A peça dirigida e encenada por Cristina Yáñez estreou na Covilhã. «Não tínhamos tido nenhuma representação anterior a esta. A realizadora queria estrear aqui no Teatro das Beiras, pelo que realizámos apenas dois ensaios com uma audiência para testar o que as pessoas pensavam da peça. Esta é uma obra poética, mas penso que ainda há muitas coisas a melhorar», explica o diretor adjunto. A pandemia de Covid-19 ainda se faz sentir em Portugal e Espanha, com este último país a registar uma média de 3557 novos casos nos últimos sete dias. «Ainda não recuperámos a normalidade, as pessoas têm medo e mais precaução a ir ao teatro. Como todas as companhias portuguesas e europeias, tivemos muitas dificuldades, talvez menos do que algumas, porque conseguimos abrir o teatro nos primeiros meses de 2020. Os criadores e os atores estão integrados na sociedade e é uma sociedade que está a sofrer com a pandemia, o que se reflete um pouco na falta de alegria e na criação de uma peça nova», conta. Apesar das dificuldades trazidas pela pandemia, Fernando destaca a união estabelecida ao longo da preparação do espetáculo: «Criou-se uma irmandade entre todas as pessoas que compõem a parte criativa da peça. Existe uma igualdade e uma solidariedade entre todos e, de certa forma, protegem-se de um mundo como o que está “fora do teatro”. As companhias de teatro caracterizam-se pela sua resiliência, a capacidade de superar dificuldades, visto que o teatro está sempre em crise». A direção do Teatro das Beiras realça a qualidade e diversidade do evento. «O Festival de Teatro da Covilhã tem como objetivo trazer o teatro de estruturas de nível nacional e internacional à cidade e aposta na qualidade e na diversidade». Com o plano do Festival a ser elaborado com um ano de antecedência e com o surgimento da pandemia, «houve alterações que necessariamente tiveram que se fazer e que tiveram a ver com os calendários das companhias», revela Celina Gonçalves. O Festival conta ainda com a peça do dia 30 de novembro, “Gostava de estar viva para vê-los sofrer!”, da Companhia de Teatro de Braga. Devido à inauguração do Teatro Municipal da Covilhã, a peça produzida pelo Teatro das Beiras, “Força do Hábito”, foi adiada para o dia 7 de dezembro.
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