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Viajar com os livros na Biblioteca Municipal
Eunice Parreira · quarta, 9 de mar?o de 2022 · Promover e sensibilizar para a leitura é um dos principais objetivos do Concurso Nacional de Leitura. Por isso, a Biblioteca Municipal da Covilhã recebeu a fase municipal, sob o título “NO LIVRO aconTECE", que destaca o objetivo do concurso, a criatividade presente na leitura e a identidade da cidade com uma alusão à tecelagem. |
Joana Poejo lê um excerto do livro O Principezinho |
22019 visitas Respirar fundo e imaginar um lugar calmo é o pedido de Cristina Caetano, coordenadora da Biblioteca Municipal da Covilhã, aos alunos do 1º e 2º ciclo que participaram na fase municipal da 15ª edição do Concurso Nacional de Leitura. A iniciativa, que decorreu na Biblioteca Municipal da Covilhã esta segunda-feira, reuniu alunos das diversas escolas da Covilhã para selecionar os três melhores estudantes para passarem à fase intermunicipal. O concurso, que pretende incentivar o gosto, os hábitos de leitura, e também melhorar a compreensão de leitura e escrita, foi dividido numa prova escrita e numa prova oral. A primeira prova incidiu na interpretação dos livros de Celeste Gonçalves, As Flores Também Sonham, no caso do 1º ciclo, e A Oliveira Mágica, destinado ao 2º ciclo. Da prova escrita foram selecionados os cinco melhores alunos para participarem na avaliação oral, que consistiu num desafio criativo, de leitura em voz em alta de prosa ou poesia, consoante aquilo que o aluno preferisse. Esta prova foi orientada por Joana Poejo, membro do júri, atriz, dramaturga e dramaturgista, que destaca a importância deste tipo de provas para a compreensão da pontuação, expressividade e cadência. “Faz toda a diferença na comunicação de uma leitura, o que traz benefícios também na comunicação do dia a dia”, reforçou a atriz. O júri foi presidido por Joana Poejo, Pedro Gomes, coordenador da rede interconcelhia de bibliotecas escolares, e Cristina Caetano, em substituição de Regina Gouveia, vereadora da cultura. No 1º ciclo, os alunos Fábio Marques (1º lugar), Francisco Patrício (2º lugar), e Sofia Ferreira (3º lugar) consagraram-se vencedores, enquanto Mariana Fernandes empatada com Bruna Oliveira em 1º lugar, e Raquel Simões (2º lugar) foram as escolhidas do 2º ciclo. Todas as crianças que estiveram presentes neste concurso participaram numa discussão acerca da importância de ler, onde os estudantes defenderam que ler permitia “ter conhecimento” ou “viajar por outros sítios”. E, numa época em que mais de metade dos portugueses não leu um único livro no último ano, de acordo com um estudo conduzido pela Fundação Gulbenkian e pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Pedro Gomes realça a importância deste concurso como “uma forma de entusiasmar os alunos para a leitura”. “Quando assistimos a estas sessões, vemos o entusiasmo com que eles leem os livros e defendem aquilo que leram”, acrescenta Pedro Gomes. Cristina Caetano destacou ainda a importância de adaptar as estratégias consoante novas formas de leitura vão surgindo, e também reforçou o papel da biblioteca na democratização do “acesso à leitura, ao livro, à cultura”. A coordenadora da biblioteca defendeu ainda que “o serviço mais democrático que existe em Portugal é a leitura pública porque não tem de se pagar.” |
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