As declarações de Alzira Serrasqueiro, governadora civil de Castelo Branco, sobre o encerramento das maternidades, continuam ainda a provocar reacções. Desta vez foi o Grupo Parlamentar do PCP que questionou o Governo sobre a possibilidade da Beira Interior ficar sem uma das suas três maternidades.
São quatro questões colocadas pelos comunistas que aguardam agora resposta por parte do executivo governamental socialista. Em documento dirigido ao Governo, o PCP pretende saber se “Vai encerrar uma maternidade no Distrito de Castelo Branco? Quais as fundamentações técnicas e políticas que motivam a perspectiva de encerramento de uma maternidade? O Governo não entende que todos os nascimentos devem ser assistidos numa maternidade, com as condições de saúde? O Governo não entende que a existência de serviços públicos de saúde próximo das populações é essencial para garantir o direito à saúde?”
A polémica voltou a estalar quando a governadora civil de Castelo Branco, Alzira Serrasqueiro, referiu a possibilidade de encerrar mais uma maternidade. Para o PCP, a leitura desta posição é simples, “o Governo retoma o encerramento de serviços públicos de saúde iniciados na anterior legislatura”. Nesse sentido, o grupo parlamentar comunista espera agora respostas, até porque, segundo esta força política “a concretizar-se o encerramento de uma maternidade no distrito de Castelo Branco, significa um retrocesso no investimento público, na melhoria de prestação de cuidados de saúde aos utentes e na melhoria das condições de vida das mulheres e crianças”.
Depois de várias maternidades com as portas fechadas e de serviços que foram encerrados, os comunistas entendem que tal política não deve voltar a ser aplicada. A juntar a toda a polémica, o facto da maioria dos responsáveis clínicos mostrar também uma intenção divergente da do Governo. Daí que o grupo parlamentar comunista lembre também que “o encerramento de uma maternidade é uma decisão unicamente política e vem na sequência de uma opção do Governo, de desinvestimento nos serviços públicos”.
No entender dos comunistas, esta é uma temática que deverá ficar esclarecida e na qual, “não deverá existir nova extinção de serviços”. Nesse sentido, o grupo parlamentar diz aguardar agora as respostas por parte do Governo socialista.